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‘Pulseira do sexo’ gera polêmica



As coloridas pulseiras de silicone são mais uma febre entre crianças e adolescentes. Mas elas estão sendo identificadas como “pulseiras do sexo”, na qual cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até o sexo propriamente dito. Elas viraram caso de polícia no Paraná, onde uma menina de 13 anos foi obrigada a manter relação sexual com três rapazes. Que a onda sirva de alerta para os pais.

Para o pastor José Henrique da Silva Moraes, o assunto tem que ser tratado com mais seriedade. Tanto que na igreja onde se reúne com fiéis para adorarem a Deus, no Parque São Silvestre, em Guarus, ele pediu aos pais que recolhessem os acessórios chegando a mais de duas mil pulseirinhas, que foram queimadas. “As pulseiras não são o problema. O problema é a conotação sexual que elas têm. Por isso que os pais têm que ficar atentos com os filhos quanto ao uso das mesmas”, comentou o pastor, informando ter imprimido um informativo explicando o significado de cada cor e está distribuindo à comunidade como sinal de alerta.

De acordo com José, o uso das pulseiras coloridas tem provocado ações de rebeldia das meninas com os pais, deixando familiares espantados. “E eu tomei a atitude de recolher as pulseirinhas porque comecei a encontrar com as adolescentes nas esquinas de agarramento e às escondidas dos pais”, disse.

Brincadeira – A “brincadeira” das pulseiras funciona da seguinte maneira: as meninas colocam diversas pulseiras no braço e os rapazes tentam arrebentá-las. Se arrebentar a de cor amarela, por exemplo, a menina será obrigada a dar um abraço naquele que conseguiu o feito. Arrebentando a preta, a usuária terá que fazer sexo com o rapaz.

Ao tomar conhecimento de que as pulseirinhas não são tão inocentes, a auxiliar de serviços gerais Márcia Cristina Supriano, 31 anos, proibiu a filha de usá-las. “Não pelas pulseiras, mas pelo o que podem fazer com a minha filha”, ressaltou. Já a gerente Roberta dos Santos Almeida, 37, conta que o diálogo é o melhor caminho. “Minha filha usa, mas ela sabe muito bem que se acontecer algo com ela tem que me contar na hora para que possamos tomar as providências cabíveis”, falou.

Jornal inglês colocou a discussão ao observar um comportamento diferente entre jovens

Foi o jornal inglês The Sun que trouxe o assunto para a discussão ao publicar um artigo em que afirmava que nas escolas inglesas os adolescentes usam pulseiras coloridas para trocar entre si mensagens de teor sexual. Essas pulseiras que foram muito usadas nos anos 80, feitas à base de silicone, existem em variadas cores. Segundo o jornal inglês, os jovens teriam então inventado vários jogos com as respectivas pulseiras, cujo objetivo é sempre o mesmo: ao rebentar uma pulseira de uma determinada cor, o rapaz terá direito a reclamar o comportamento sexual da menina.

O jornal publicou, ainda, que nota-se não se tratar de nenhum tipo de violência, mas de um jogo que é aceito por ambas as partes. Este aspecto é muito importante e confundiu por completo os adultos, pois que para alguém do jogo em si, muitas adolescentes usam as ditas pulseiras apenas como objetos decorativos.

Uso da pulseira pode ter resultado no estupro de uma adolescente de 13 anos por pelo menos três rapazes em Londrina, no Paraná



Em meados do mês passado, uma adolescente de 13 anos foi estuprada por pelo menos três rapazes, em Londrina (PR). O crime teria sido motivado pelo uso da “pulseira do sexo”, segundo a polícia. A vítima foi abordada por um grupo composto por quatro jovens depois de sair da escola, e um dos envolvidos tinha 18 anos e responderá em liberdade pelo crime.

A estudante Vitória Silva Feitosa, 15 anos, que hoje usa as pulseirinhas de cores verde e rosa, disse que usava muito mais. “Os meninos da escola, ao tomarem conhecimento os significados das cores, começaram a rebentá-las. Mas eu não dei confiança de nem dar um abraço, pois só aceita quem realmente quer”, comentou.

A psicóloga Ana Gabriela Vellemem acredita que o adolescente tendo uma base familiar, poderá pendurar qualquer coisa no corpo. “Sendo assim, não vai ser uma pulseira que irá definir o comportamento do adolescente”, disse Gabriela, esclarecendo que na fase da adolescência, existe a influência do grupo. “Tudo que vira moda, todo mundo acaba usando, mas tem que haver esse alicerce familiar para que os filhos não sejam influenciados”, orientou.
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