A aprovação do projeto O presidente da Câmara Municipal de Campos, vereador Edson Batista (PTB), em entrevista nesta quinta-feira à rádio Absoluta AM, disse que a tentativa de municipalizar a crise pela oposição vai, aos poucos, sendo desmascarada, com a aprovação do projeto enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão na Assembléia Legislativa (Alerj) solicitando a antecipação de operação de crédito, através da antecipação dos recursos dos royalties do petróleo. Os recursos são da ordem de R$ 5,5 bilhões. “Tentaram municipalizar a crise. Mas, na medida em que a crise foi se aprofundando, a máscara caiu. Agora, o governador Luiz Fernando Pezão também buscou antecipar os ativos dos royalties. Quando Campos buscou a mesma saída, a críticas da oposição foram contundentes. Era a venda do futuro. Mas quando o governo do Estado fez o mesmo, ficaram completamente calados. Não se trata de venda de futuro?”, questionou.
De acordo com Batista, a tentativa desesperada da oposição em apostar todas as fichas na municipalização da crise, tornou-se hilária. “Trata-se de uma visão facciosa com outros interesses visando desgastar o governo. Não há coerência, tornou-se uma coisa hilária”, comentou.
Edson Batista afirmou que o governo continua a manter o lastro político de uma maioria na Câmara porque a prefeita Rosinha Garotinho (PR) tem sido coerente com a manutenção dos princípios e compromissos de campanha, com os avanços para reduzir as desigualdades sociais do município. “Herdamos um modelo concentrador de renda, daí que o governo busca cumprir o papel de indutor do desenvolvimento, mas com políticas de redução das desigualdades. O programa Morar Feliz, por exemplo, com mais de 6 mil casas populares, é uma verdadeira cidade dentro de outra cidade, que atende a cerca de 30 mil pessoas, com moradias, além de uma rede de serviços como abastecimento d água, energia elétrica, redes de esgoto, calçamento e iluminação pública”, disse.
O presidente do Legislativo lembrou que os beneficiários do Morar Feliz “eram 40 mil campistas que viviam em condições precárias, na beira de uma rodovia federal ou em meio às valas negras, sujeitas a contaminação de doenças e outras ameaças”, referindo-se a pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. “Essa foi a herança recebida por nosso grupo político, antes de Garotinho assumir o poder em Campos, em 1989. Eram crianças, mulheres e homens cortando cana, sem direito a casa, escolas ou creches, fruto de uma política que priorizava um desenvolvimento para poucos, voltado para o umbigo de uma minoria de privilegiados”, analisou.
Vereador lembra que os salários estão em dia
Batista enfatizou a firme disposição do governo municipal em, com os recursos dos royalties, resgatar a dívida social com programas de redução das desigualdades e políticas compensatórias. “Enquanto uma minoria se beneficiava deste modelo, uma maioria de excluídos vivia nas piores condições na periferia da cidade. Esse foi o legado que nosso grupo político recebeu lá atrás, há cerca de 30 anos. Mas parece que a oposição tem saudades deste modelo concentrador de renda e gerador de exclusão. Quando a nós, não nos afastamos em momento algum da luta pelo para resgatar essa dívida social”, acrescentou.
No país inteiro, são cerca de 2 mil prefeitos que fizeram greve de um dia, paralisando os serviços das prefeituras, ameaçando entregar as chaves, por falta de recursos, lembrou Edson Batista. “Em Campos, a prefeita manteve os salários e o 13º salário dos servidores em dia, garantindo ainda o Plano de Cargos e Salários. E continua entregando obras, evidentemente que não no mesmo ritmo de antes em razão da crise que resultou na redução de receitas municipais. Crise que, diga-se de passagem não foi gerada por ela, mas pela queda do valor do barril do petróleo, da incompetência do governo do PT e os escândalos de corrupção que quase liquidaram com a Petrobras”, concluiu.
Jornal O Diário
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