Rio 247 - O deputado e ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ), pré-candidato do PR ao governo do Rio de Janeiro, concedeu uma entrevista ao jornal O São Gonçalo, e explorou um ponto sensível que vem sendo abordado por seus adversários: o de que seria contra as Unidades de Polícia Pacificadoras, as UPPs. Garotinho afirmou que não pretende acabar com as UPPs. No entanto, afirmou que as mesmas devem ser reformuladas, abrindo espaço para programas sociais nas comunidades. "Não sou um político que destrói o que de bom já foi feito. Dar continuidade a um projeto de governos anteriores não é problema, difícil é achar um projeto bom neste governo de Pezão e Cabral. Quando fui governador, elaboramos um documento com 1.500 páginas sobre a situação da segurança pública. Cabral lançou a UPP depois que traficantes do Morro dos Macacos (Vila Isabel) derrubaram um helicóptero da Polícia Militar e a situação estava insustentável. A UPP precisa ser reformulada. Tem que investigar, prender os bandidos e entrar com projetos sociais", afirmou.
Garotinho, afirmou, ainda que a UPP é consequências de políticas que ele próprio implantou. "A UPP é um dos projetos de segurança desenvolvidos pelo meu governo, que obteve êxito no Morro do Cavalão, em Niterói, e no Pavão-pavãozinho, em Copacabana. A ideia seria ocupar a área pelo tráfico, entrar com os serviços e prender os bandidos, mas não é o que acontece. A UPP agora não passa de uma grande caixa colocada no meio da comunidade."
Sobre projetos a serem implantados, ele falou na retomada de programas sociais e disse ainda, mais uma vez, que poderá retomar a concessão da Supervia e "desprivatizar" o Maracanã. "Entre vários projetos, estão os planos de retomar e aperfeiçoar aqueles que deram certo no meu governo de 1999, como a reativação de casas sociais, com policiais militares e bombeiros atuando como “pais sociais” nas escolas de período integral; restaurantes e farmácias populares; clínicas de dependentes químicos, redução de 2% no IPVA para todos, não somente para as empresas de ônibus; fiscalização do transporte público, e se a Supervia não prestar o serviço adequado, rompemos contrato e estatizamos o transporte; e a desprivatização do Maracanã, para que o trabalhador tenha possibilidade de assistir aos jogos, já que os valores cobrados atualmente não tornam isso possível."
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