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Wladimir: “Oposição só deve eleger um estadual; federal, nenhum”


Do blog Opiniões, da Folha da Manha
Sem temer as reações, o presidente do PR em Campos, Wladimir Garotinho, acredita que a oposição no município e na região terá espaço para a eleição de apenas um deputado estadual em outubro. Essa projeção só teria alteração, caso se confirmasse a ruptura local com o PRB de Marcelo Crivella, que ele não confirma ou descarta. Em seu próprio grupo, Wladimir aposta na eleição da irmã Clarissa e de Paulo Feijó a deputado federal, se eximindo em apostar em nomes a estadual, embora tenha ressalvado que caso se eleja à Alerj, Bruno Dauaire (PR) se cacifaria para disputar a prefeito de SJB em 2016. Sobre a sucessão de Rosinha em Campos, embora valha o mesmo raciocínio, ele advertiu: “Se Garotinho ganhar a governador, será uma coisa. Se não ganhar, será outra”.

Governistas em outubro — O quadro de deputados está muito embolado. Para federal, acho que elegemos Clarissa e Feijó. Quanto aos estaduais, a coisa está muito dividida. Historicamente, sempre tivemos muito candidatos, facilita a legenda, mas dificulta a eleição dos candidatos. Uma coisa posso dizer com certeza: Tem que ter voto em toda a região. Só com o eleitorado de Campos, é muito difícil para qualquer um.

Oposição em outubro — Acho que a oposição em Campos e nos municípios vizinhos vai eleger apenas um candidato a deputado estadual. Federal, nenhum.

Candidatura à Alerj abortada — Abri mão da minha pré-candidatura para não gerar ciúmes no nosso grupo. Com Clarissa isso não aconteceria porque ela já tem um nome eleitoralmente consolidado, tendo conquistado mandato mesmo quando meu pai não tinha cargo nenhum. Sou presidente do PR em Campos, sou um político de grupo, e entendi isso. E o objetivo maior do grupo é eleger meu pai governador.

Eleição a governador — Acredito que vamos ganhar. E não é impossível que façamos isso ainda no primeiro turno, desde que tenhamos menos candidatos concorrendo. Se tiver segundo turno, acredito que meu pai disputará com o candidato da máquina (o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB), mesmo que este agora só tenha entre 6% a 7% das intenções de voto.

Lindbergh Farias — O PT está claramente dividido sobre a candidatura de Lindbergh. Grande parte do partido não quer que ele seja candidato e muitos prefeitos petistas estão com Pezão. No plano federal, o PT não quer sacrificar a aliança nacional com o PMDB por conta da aventura de uma candidatura a governador do Rio. E, se não fosse mais nada, Lindbergh embicou nas pesquisas.

Marcelo Crivella — Crivella, em toda eleição, tem um teto. Na eleição passada, por exemplo, ele só conseguiu se eleger senador porque meu pai lhe deu uma força na reta final.

Mudança para o Rio — Estou me mudando na próxima segunda-feira (amanhã, dia 14) ao Rio para ajudar meu pai na campanha. Aqui, ele já tem minha mãe na Prefeitura para ajudá-lo. Já vinha fazendo esse trabalho junto a ele em Brasília, como deputado federal, e agora farei no Rio, na campanha a governador. Quando acabar, eu volto a Campos, até porque vou manter a presidência do PR no município.

Apoio a Bruno Dauaire — Venho ajudando Bruno, como também tenho ajudado outros candidatos. Mas é até natural que grande parte do grupo que se reuniu em torno da possibilidade da minha candidatura a deputado estadual, com o objetivo de renovação do nosso grupo político, passe a ter apoiado Bruno para seguir buscando esta mesma renovação, depois que eu decidi abrir mão de disputar a eleição. Além do que, se Bruno conquistar o mandato à Alerj em 2014, tem tudo para disputar a Prefeitura de São João da Barra em 2016.

Relação com Geraldo Pudim — Minha relação com Pudim nunca esteve desgastada. Ele é amigo da minha família e integra nosso grupo político desde o início. O que temos é uma diferença de gerações.

Pressão de Garotinho aos vereadores — Isso nunca existiu. Participei da reunião dele com os vereadores (em 23 de março, revelada pela jornalista da Folha Suzy Monteiro, aqui, no dia seguinte). Não houve pressão nenhuma. Pelo contrário, meu pai só disse que como líder do grupo se sentia na obrigação de alertar a todos que o grande número de candidatos, embora fosse até bom para ele, como candidato a governador, poderia dificultar a eleição dos mesmos que estavam disputando uma vaga no grupo para se candidatarem.

Relação com o PRB — Hoje, os dois vereadores do PRB (Alexandre Tadeu e Dayvison Miranda) estão na base, votam com a gente na Câmara Municipal, além do partido manter a secretaria municipal de Pesca (com Carlos Henrique Costa de Souza). Mas eles vão apoiar Crivella para governador. Vamos avaliando para ver se continuamos com a parceria, ou não.

Desgaste do governo Rosinha com chuvas — Sempre que tivermos chuvas fortes, mesmo que Campos tenha a melhor rede de galerias pluviais do planeta, a cidade terá pontos de alagamento, por uma questão de topografia. Há pontos da área central da cidade que estão abaixo do nível do rio Paraíba. Mas onde fizemos Bairro Legal, por exemplo, não tem mais alagamentos. No novo Shopping Popular, já estamos licitando a obra de uma nova galeria pluvial.

Desgaste do governo Rosinha com protestos — Além do “fogo amigo”, como Pudim chegou a acusar, acho que também há participação da oposição na condução desses protestos. Grevistas da Uenf, por exemplo, chegaram a protestar em frente à Prefeitura de Campos. E o que responsabilidade a prefeita pode ter nos pleitos de uma universidade estadual? Os protestos em Santa Cruz e na RJ 216, cobrando transporte público, também teriam que ser endereçadas ao Detro, não à Prefeitura, já que as linhas Santa Cruz/São Francisco e Farol/Barra do Furado são intermunicipais.

Sucessão de Rosinha — Ainda é cedo para falar, temos que esperar 2014. Claro que quem vencer em outubro, seja a deputado federal, seja a estadual, se fortalece. Mas são muitas condicionantes. Se Garotinho ganhar a governador, é uma coisa. Se ele não ganhar, será outra.

Atualização- 22:17

Título alterado por este blogueiro. 


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