Conhecido por sua coragem e identificado com causas populares, o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) declarou nesta quarta-feira no rádio que se fosse presidente da República não traria para o Brasil a Copa do Mundo. Garotinho chegou a avisar aos ouvintes do programa 'Fala, Garotinho', no ar diariamente pela Rádio Manchete (760 AM), que poderia não ser bem compreendido com o que iria defender. E complementou dizendo que "nem sempre o político deve dizer o que o povo quer ouvir, mas dizer o que é melhor para o povo".
O ex-governador criticou os gastos da ordem de R$ 30 bilhões de dinheiro público para que o Brasil sediasse a Copa do Mundo.
"Se eu fosse presidente, não faria a Copa no Brasil. Gastar R$ 30 bilhões é um absurdo. Imaginem o que poderia ser investido com esse dinheiro em saúde, educação e na construção de casas populares. Aqui em Brasília, por exemplo, ergueram o estádio Mané Garrincha que depois da Copa vai virar um elefante branco. O Brasil fingi que é rico, para quê?", questiona Garotinho.
O ex-governador também criticou os altos lucros da Fifa no Brasil, sem uma contrapartida ou um legado para o país sede. E disse ainda que, com o preço médio dos ingressos para jogos da primeira fase em R$ 1.500, o povo ficará fora do espetáculo e terá que ver a Copa pela TV.
"Quem está ganhando com a Copa no Brasil? É o povo? Não, é a TV Globo com milionários patrocínios e a Fifa. A melhor copa de todos os tempos foi a da Alemanha em que Fifa lucrou US$ 2,5 bilhões. Aqui no Brasil, a maior entidade do futebol mundial vai embolsar R$ 10 bilhões de lucro com o povo fora dos estádios. O povão vai ver pela os jogos pela TV, ou seja, a Copa poderia ser em qualquer outro lugar. Não estou sendo contra o Brasil, quero que nossa seleção vença. mas sou contra a pessoa que não tem dinheiro para pagar aluguel e compra um relógio de luxo", explica Garotinho.
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