Emocionada e entre lágrimas, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), de 32 anos, segunda mais votada no Rio para a Câmara dos Deputados, nas eleições de domingo (5), com 335 mil votos, disse durante entrevista coletiva nesta terça-feira(7) que não teve clima para comemorar a sua eleição após a derrota do pai, Anthony Garotinho, do mesmo partido, para ao governo do estado.
"Estou em estado de choque. Não me recuperei ainda. Foi o dia mais difícil da minha vida. Foi um misto de sentimentos. A familia feliz pela minha votação expressiva e ao mesmo tempo sentindo a derrota do meu pai", disse.
Durante o desabafo, ela pediu para não ser fotografada chorando e se desculpou pela emoção.
Segundo Clarissa, o pai esperava a vitória.
"Era a oportunidade dele de desfazer um personagem que criaram e que não era ele", afirmou.
Ela agradeceu aos eleitores os votos que recebeu e disse que aceita e entende a derrota do pai, a quem chama de líder politico.
"Uma hora a gente ganha, a outra a gente perde. É a decisão popular", disse.
Segundo Clarissa, ela deve ao pai muitos dos votos que conquistou na campanha. A deputada também reforçou o apoio ao candidato Marcelo Crivella (PRB), no segundo turno contra o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, que tenta a reeleição.
"Fizemos uma aliança para derrotar o PMDB no Rio", disse ela.
Na quinta-feira (9) está marcado um ato de apoio a Crivella com participação da famíliaGarotinho e de candidatos do PR eleitos no primeiro turno. A deputada disse que, na conversa que tiveram com Crivella, nesta terça, foram discutidos alguns projetos da campanha de Garotinho como a redução do IPVA e das tarifas de ônibus. Segundo ela, não se falou sobre cargos para o PR, num possível governo Crivella. Clarissa disse que ainda não pensou como será a vida em Brasília durante o mandato federal.
"Ainda é muito cedo. O que eu sei é que em Brasilia não se faz política sozinha. Tenho que me preparar para fazer um grande mandato", disse ela, anunciando que já tem 10 projetos preparados para apresentar.
Perguntada sobre uma possível candidatura para a Prefeitura do Rio em 2016, ela disse que está muito cedo e voltou a afirmar que o importante é derrotar o PMDB nestas eleições.
Fonte: G1
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