Da Redação, Jornal O Diário
A Câmara Municipal de Campos retoma suas atividades parlamentares com a volta das sessões plenárias, nesta quarta-feira (24), sempre às terças e quartas-feiras, agora com início às 10h. Na primeira sessão ordinária deste ano, a Câmara receberá o representante do Executivo, secretário de Governo, Anthony Garotinho, segundo informações de sua assessoria, que irá expor os planos do governo para o ano de 2015 e as últimas medidas de ajustes para enfrentamento da crise, além de responder a indagações dos vereadores.
Na mesma sessão, o presidente do Legislativo, vereador Edson Batista (PTB), irá pedir apoio aos vereadores para adotar as mesmas medidas de contingenciamento no âmbito do Legislativo. "Reiteramos a disposição da Câmara em contribuir para o enfrentamento da crise. Entre os compromissos essenciais de nossa administração, que são a transparência, participação popular e cultura, acrescentamos mais um este ano: a superação. Vamos superar a crise, com inteligência e criatividade, mas também com ações concretas e medidas práticas, buscando saídas com esses ajustes", avaliou.
Projeto para evitar transtornos
Uma das primeiras matérias entre as que serão votadas na primeira sessão do ano pelos vereadores de Campos será o projeto de lei de autoria da Mesa Diretora, que impede a Câmara de homologar concurso público e contratar funcionários no período inferior a seis meses antes do término do mandato dos presidentes do Legislativo. A proposta visa evitar os transtornos enfrentados pela atual administração, causados pela gestão anterior do Legislativo, que realizou um concurso público, no ano de 2012, alguns dias antes do término de seu mandato, quando a estrutura administrativa da Câmara estava sendo inclusive questionada pela Justiça.
Debate: sociedade civil e os vereadores
Edson Batista afirmou ainda que, além das medidas de contenção de despesas, a Câmara irá também abrir o debate para a sociedade civil e os vereadores. "Na próxima quarta-feira (25), um dia após a sessão de abertura, vamos abrir em Campos, este ano, os debates do Parlamento Regional, de modo a chamar a sociedade para discutir a crise e encontrarmos as melhores alternativas para enfrentá-la. Não poderia ser outro o tema em discussão juntamente com os desafios do futuro", analisou Batista. "Além da crise que, segundo estimativas, deve persistir pelo menos nesses próximos dois anos, vamos discutir também o pós-crise, as demandas e os investimentos previstos para a região nas áreas de logística, transporte, educação, saúde e segurança, que precisam ser cobrados em escala das prioridades dos governos federal e estadual, até mesmo em razão do volume de investimentos e a previsão de duplicação da população no prazo de 10 aos", acrescentou o presidente da Câmara de Campos.
Além dos vereadores de câmaras da região, representantes do meio acadêmico, da Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro (Firjan) e da indústria do setor de petróleo estão presentes ao debate do Parlamento Regional, entre outros segmentos da sociedade.
Mauro Silva prega União em prol do município
O vereador Mauro Silva (PT do B), que integra a bancada de apoio à prefeita Rosinha Garotinho (PR), prevê um ano de muito trabalho no Legislativo de Campos, principalmente devido às dificuldades econômicas previstas para 2015. "Vamos aguardar as mensagens que serão enviadas pelo Executivo neste momento difícil da economia, a fim de adequar o município a esta nova realidade. Vale ressaltar que a crise financeira é abrangente e não atinge apenas Campos, mas todos os municípios da região produtora de petróleo e das zonas limítrofes, além do Estado e até o Governo Federal", explicou o parlamentar.
Mauro reforçou a necessidade da união de todos em prol do município, incluindo os vereadores de oposição.
"Neste momento existe um objetivo maior, que é minimizar os impactos negativos desta crise financeira, que infelizmente também atinge o município. Os vereadores que não integram a bancada governista não podem tentar tirar proveito desta situação fazendo oposição pela oposição. É preciso consciência para não dificultar a administração do município, o que poderia causar prejuízos à população", finalizou.
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