Depois da demissão de 400 funcionários do Consórcio Integra (Mendes Junior e OSX) que trabalhavam no Porto do Açu, na última sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Campos, João Paulo Cunha, informou que a categoria definiu sua pauta de reivindicações e que vai entrar na justiça, com uma ação de dissídio coletivo de natureza jurídica. Está previsto também para a próxima semana um ato de protesto na BR-101.
Segundo Cunha, o aviso prévio indenizatório foi pago pelo consórcio, porém, existem pendências. "Aprovamos a pauta de reivindicações com a data-base, que é em março, o adicional de periculosidade e de insalubridade, as horas 'in itinere' que estão na justiça, entre outros", disse.
João também ressaltou que não houve nenhuma negociação do consórcio com o sindicato antes das demissões. "A empresa não pode demitir 400 trabalhadores sem que haja uma negociação. Vamos negociar medidas para amenizar o impacto dessas demissões e entrar na justiça para tentar reverter essa situação", afirmou.
Os trabalhadores atuavam no setor metalúrgico na construção de módulos de plataformas, cujo projeto inicial tinha duração de cinco anos. Segundo Cunha, as demissões aconteceram porque a Mendes Junior é uma das empresas envolvidas no escândalo "Lava à Jato" da Petrobras, porque a OSX está em concordata judicial e por causa da crise econômica. Em dezembro de 2014, o consorcio Integra demitiu 200 funcionários.
A Prumo informou que as demissões não afetam as operações no Porto. A assessoria da Mendes Junior foi contatada sobre a legalidade das demissões e sobre suas operações no Porto, mas até o fechamento desta edição não respondeu.
O Diário
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