O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) eliminou 1.522 candidatos que tentaram fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013. As irregularidades, identificadas pelos fiscais no momento de realização das provas em outubro, envolvem uso de pontos de escuta, porte de equipamentos eletrônicos, tentativa de consulta a conteúdos externos, entre outros.
O Instituto já havia eliminado 36 candidatos por postarem fotos das provas nas redes sociais. "A segurança do Enem é realizada, antes durante e após a aplicação das provas, com o acompanhamento da Polícia Federal, o que tem permitido, ao longo dos anos, o aprimoramento do processo", explica o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa.
A investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, que desarticulou uma quadrilha que fraudava vestibulares do curso de medicina em faculdades particulares, iniciou-se em Caratinga, em Minas Gerais, e perdurou por nove meses. Durante as investigações, foram identificados diálogos dos fraudadores a respeito de suposta fraude no Enem, que seria feita por meio de ponto eletrônico.
No entanto, após nove meses, até o momento, nenhum nome de suposto candidato beneficiado ou de fiscal foi repassado ao Inep. Sendo, portanto, as alegações de fraude no Enem, até então, baseadas apenas em diálogos entre fraudadores. Como o Inep, até o momento, não teve acesso a qualquer nome de possível beneficiado pelo esquema, é impossível verificar se os supostos beneficiários da quadrilha estão entre os 1.522 candidatos já excluídos do exame por fraude.
A Polícia Federal recebeu, nesta quinta-feira, 19, cópia dos autos do inquérito policial em questão. O Inep está acompanhando as investigações e fornecendo todas as informações necessárias, solicitando extremo rigor na apuração dos fatos. No caso de identificado qualquer tipo de fraude, o participante envolvido será imediatamente excluído do exame, conforme previsto no edital, sem prejuízo de demais medidas.
Fonte: JB online
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