A Corregedoria da Superintendência da Polícia Federal determinou à Delegacia Fazendária a instauração de inquérito para apurar fraude fiscal praticada pela Globo Comunicação e Participações, um dos braços da corporação midiática da família Marinho.
A fraude teria ocorrido em 2002 contra a Receita Federal, no valor de R$ 183 milhões à época. Valores corrigidos e somados às multas e juros por sonegação de impostos alcançam a cifra de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Quando a Receita Federal concluiu o processo de investigação tributária contra a emissora em 2006, nos autos os valores já chegavam a R$ 615 milhões. Os impostos e tributos foram pagos em paraíso fiscal e referem-se a direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
Este é um fato escabroso daquele processo que desapareceu dentro da Receita Federal e que a funcionária responsável, embora tenha sido afastada do trabalho, nunca deu explicações à Justiça. Na auditoria feita pela Receita Federal consta que “a TV Globo para não recolher imposto de renda na fonte devido pelo pagamento, ao exterior, em razão de aquisição do direito de transmissão, por meio da televisão, de competições desportivas, adquiriu, em aparência, uma pessoa jurídica com sede nas Ilhas Virgens Britânicas”.
O documento prossegue afirmando que “menos de um ano depois a sociedade é dissolvida e seu patrimônio é convertido à TV Globo para que a mesma obtivesse a licença que a permitiria transmitir os jogos da Copa do Mundo de 2002, que foi o que, em verdade, acontecera”.
Embora o processo físico com enormes volumes esteja desaparecido até hoje, existe uma cópia dele da qual a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão se valendo para pedir o indiciamento criminal dos irmãos Marinho por prática de lavagem de dinheiro.
Fonte: Blog do Garotinho
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