Uma campanha para eleger um vereador este ano em Campos terá um custo mais elevado do que a eleição municipal anterior em 2008. Ainda não há uma estimativa do percentual de inflação, mas publicitários que trabalham neste mercado da propaganda eleitoral admitem que os gastos de uma campanha com estrutura completa para tentar eleger um candidato com viabilidade eleitoral pode chegar a até R$ 500 mil. “Um candidato considerado eleitoralmente viável pode estar inserido entre o que está no exercício do mandato e busca a reeleição ou aquele que obteve excelente votação nas últimas eleições e se encontra na suplência. Mas há os que correrão por fora e podem aprontar como surpresa, o chamado azarão”, disse o publicitário e especialista em marketing eleitoral, Adelfran Lacerda.
Com a proibição legal da distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas e brindes, os candidatos concentram suas forças na contratação de aliados, os cobiçados cabos eleitorais que funcionam como lideranças comunitárias de cada reduto eleitoral e que são regiamente remunerados para executar tarefas para dar visibilidade e penetração do candidato em determinadas áreas.
O custo destes cabos eleitorais pode chegar a um pro-labore de R$ 1,5 mil mensais durante um período de três meses para trabalhar em sua área de influência. Entre as tarefas do cabo eleitoral tem que arrebanhar mais eleitores em seu bairro para votar no seu chefe. Deve também atrair mais integrantes que irão aderir ao seu candidato, tornando-o mais simpático na comunidade. O cabo eleitoral cabe também arregimentar grupos para trabalhos voluntários durante a campanha e usar o carisma do candidato.
Atividades diversificadas e administração
De acordo Adelfran Lacerda, uma campanha eleitoral é operação complexa que inclui muito além do carisma pessoal. “Exige conhecimento, relacionamento e prestação de serviços e atividades diversificadas que envolvem administração de recursos humanos, material de propaganda e divulgação, frota de veículos e distribuição de combustíveis, assessorias de comunicação, marketing, contábil, advocatícia e, ainda, secretaria e pessoal de apoio e serviços gerais”, enumera Lacerda.
Além de difícil e bastante disputada, a campanha para a eleição proporcional, entretanto, é um fator importante de movimentação financeira em todos os municípios, com repercussão intensa na geração de emprego e renda, mesmo temporários, mas significativo pelos volumes mobilizados, mais circulação de dinheiro e, consequentemente, incrementando o movimento comercial, de prestação de serviços e até industrial. Mesmo que o candidato perca, o que, logicamente, não é o objetivo, muita gente sai ganhando.
Leia a matéria completa no jornal O Diário
0 comentários:
Postar um comentário