Jornal ODiário
O presidente do Partido da República (PR) no Estado do Rio, deputado federal Anthony Garotinho, afirmou ontem, ao jornal O Diário, que a prefeita de Campos (sua esposa) Rosinha Garotinho, não confirmou, mesmo, se irá concorrer à reeleição. Segundo o parlamentar, na noite de domingo, após retornarem da igreja (ambos são presbiterianos), eles tiveram uma longa conversa.
O presidente do Partido da República (PR) no Estado do Rio, deputado federal Anthony Garotinho, afirmou ontem, ao jornal O Diário, que a prefeita de Campos (sua esposa) Rosinha Garotinho, não confirmou, mesmo, se irá concorrer à reeleição. Segundo o parlamentar, na noite de domingo, após retornarem da igreja (ambos são presbiterianos), eles tiveram uma longa conversa.
Rosinha confirmou, durante um evento, à noite, no Trianon, mas se limitou a dizer que o que houve foi uma conversa que teve com familiares, ponderando com eles que precisa de mais tempo para dedicar à família e ao trabalho social que desenvolve com crianças da sua igreja (Presbiteriana de Guarus).
A prefeita demonstrou estar chateada com o “vazamento da conversa”, porém não negou que ainda não decidiu pela reeleição. Ressaltou seu “carinho e respeito pelo povo de Campos” e garantiu que quando tiver uma decisão sobre seu futuro político o tornará público. Garotinho diz que respeita a posição da esposa e demonstra otimismo: “acredito que Deus tocará o coração dela”.
O Diário – A incerteza de Rosinha quanto a ela disputar ou não a eleição deste ano com certeza influencia da programação de convenção do PR. O senhor pretende mantê-la no próximo dia 17?
Anthony Garotinho – É evidente que haverá mudança na data. Já conversei com alguns presidentes dos partidos aliados e, provavelmente, adiaremos para o dia 24. Precisamos ganhar tempo para interpretar melhor esse fato novo.
OD – Mas o que foi que a prefeita lhe disse realmente? O que a leva a não se manter pré-candidata natural?
AG – Rosinha falou que está muito feliz com o trabalho que vem realizando na administração da cidade. Enumerou os avanços nas diversas áreas, disse que se sente emocionada toda vez que entrega uma casa popular, mas entende que sua missão já esteja cumprida.
OD – E qual a posição do senhor? O que o senhor lhe disse?
AG – Eu ponderei que respeito a posição dela, mas que, embora todos os avanços sejam reconhecidos pelo povo de Campos, ainda há muito a ser feito, para que o município chegue ao nível que todos os campistas desejam.
OD – E ela concordou com o senhor?
AG – Rosinha deixou claro que ama Campos e o seu povo, porém lembrou que no nosso grupo político existem outras pessoas também capazes de levar adiante o trabalho que ela tem realizado. E reafirmou a necessidade de estar mais junto da família.
OD – O senhor também entende dessa forma?
AG – Em parte sim. Antes de ela ser prefeita é minha esposa e mãe dos meus filhos e não posso ficar infeliz se ela diz que pretende dar mais tempo à família e ao trabalho que desenvolve com crianças da nossa igreja. No entanto, conforme já assinalei, acho que a missão dela como administradora pública ainda não terminou.
OD – Mas a prefeita citou alguma outra situação que possa fazê-la desistir de concorrer à reeleição?
AG – Absolutamente. Ela foi muito clara e segura nas colocações. Disse inclusive que tem consciência de que a população jamais votará em alguém que tenha práticas contrárias ao interesse público.
OD – Ficamos sabendo que a prefeita reclamou também de perseguições que os senhores estariam sofrendo?
AG – Sim. Rosinha demonstra um pouco de ressentimento com o que nossa família sofreu, como, por exemplo, o afastamento da prefeitura, em decisão judicial, apenas por ter concedido entrevista a uma emissora de rádio, mas isso não é colocado como fato determinante. O que pesa para ela é realmente o pouco tempo que tem dedicado à família.
OD – O senhor considera realmente a possibilidade de Rosinha não colocar seu nome na disputa?
AG – É evidente que não, porque sou uma pessoa otimista e creio que Deus possa tocar o coração das pessoas e acredito que fará isso com o dela. Quem sabe Ele não mostra a Rosinha que ela ainda tem uma missão a cumprir com a cidade?
OD – E o que o Movimento Campos Para Todos Nós irá fazer agora?
AG – Iremos nos reunir e debater a situação. Quanto aos nomes que estão sendo colocados por aí, posso assegurar que tudo não passa de especulações. Até porque não existe nenhuma decisão tomada por Rosinha. Mas caso ela decida realmente não concorrer, será a grande eleitora do movimento, afinal seu governo tem 86% de aprovação popular.
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