A licitação para recuperação das lagoas da barra da Tijucae Jacarepaguá, vencida pelas construtoras Queiroz Galvão, OAS e Andrade Gutierrez, já tinha seu resultado conhecido numa clara prova de licitação fraudulenta envolvendo o governo de Sérgio Cabral. No mesmo período dessa licitação, a Odebrecht e a construtora Carioca Christiani-Nielsen, venceram outra licitação, de R$ 600 milhões, para prevenção de enchentes no noroeste do Rio, obra que também é ligada à Secretaria de Estado do Ambiente.
A denúncia feita pela revista Época dessa semana afirma que obteve a informação previamente sobre o desfecho do processo licitatório e publicou em 11 de junho um anúncio cifrado nos classificados de um jornal do Rio antecipando o resultado. O anúncio dizia: "Vendo Empreendimento Lagoas da Barra, no Rio, com obras de recuperação ambiental realizadas pelo consórcio vencedor Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e OAS". A obra foi orçada em R$ 673 milhões. As propostas foram entregues pelos concorrentes à Secretaria Estadual do Ambiente somente em 14 de junho, acrescenta a reportagem.
A vitória do consórcio Complexo Lagunar, composto por Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e OAS, foi anunciada em 17 de junho. Segundo a "Época", a oferta vencedora era apenas 0,07% mais barata do que o valor máximo estipulado pelo governo.
Jornal do Brasil
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