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A mídia, a justiça e a perseguição política


Por Anthony Garotinho, candidato ao governo do Rio.

A matéria vergonhosa da revista Veja online falando a respeito "dos eletrodomésticos distribuídos por Garotinho" é a representação do desespero dos endinheirados com a minha candidatura ao governo do Estado. Como todo mundo sabe eu sou radialista e apresento um programa com sorteio de brindes há mais de 30 anos, e parei a apresentação do programa conforme determina a lei assim que meu nome foi homologado na convenção. 

Segundo a matéria houve a distribuição de 160 prêmios entre eles, rádios portáteis, ventiladores, fornos de micro ondas e fogões, que totalizaram R$ 59.484 pelo valor máximo de mercado. O primeiro ponto a ser abordado é que sortear prêmios fora do período eleitoral como sempre fiz não é ilegal, muitos outros radialistas também fazem e já há decisão do TSE sobre o fato, que inclusive cassou a decisão da juíza eleitoral que tentou me tirar do ar antes do tempo. Pura perseguição. Aliás, juiz pode ficar dando entrevista antes do julgamento de uma ação? Acho que não. Pelo menos não é ético. 

A segunda pergunta: no universo de 12 milhões de eleitores alguns brindes sorteados em junho, antes da convenção, que diferença fazem no resultado de uma eleição? 

Isso é tudo orquestrado pela mídia comandada pela Globo, que quer empurrar goela abaixo a continuidade do governo Cabral através de Pezão e Gangue dos Guardanapos. Infelizmente, voluntariamente ou não, ações da justiça acabam contribuindo para o noticiário sensacionalista contra mim. 

No Globo de hoje uma outra matéria diz que enviei cartas pedindo orações aos meus ouvintes do programa Palavra de Paz. Sou o único candidato a mandar carta aos eleitores? A prática é proibida por lei? Claro que não. Isso é apenas mais um sensacionalismo barato. 

Em outra matéria em outro jornal das Organizações Globo é noticiado que numa mega operação no Complexo da Maré foi apreendido material de campanha, meu e de Clarissa, dentro de uma associação de moradores, e que havia junto remédios, faixas contra Eduardo Paes e Pezão, cesta básica e cadastro do Cheque Cidadão. Vamos à verdade. 

Se dentro de um comitê meu fossem encontrados remédios ou outros materiais dessa natureza seria crime. Dentro da associação de moradores é papel e responsabilidade deles. Segundo soube as faixas foram de um movimento contra a remoção e derrubada de casas por parte da Prefeitura e do Estado, por isso as faixas contra Pezão e Eduardo Paes. As cestas básicas e a distribuição de remédios são feitas pela associação de moradores, não tenho nada com isso, lá é não é meu comitê. E como é público o Cheque Cidadão foi extinto desde 2007, um dos primeiros atos do governo Sérgio Cabral. 

Na sua entrevista à Veja, a juíza Daniela Barbosa, contra quem vou representar diz: "O assistencialismo vai cooptando as pessoas. Centros sociais começaram a ser muito reprimidos, então candidatos criaram outras práticas assistencialistas. Tem que ser investigado se há origem ilícita nessa verbas". Com todo respeito, a magistrada está fazendo pré julgamento, deixando de ser juíza da fiscalização eleitoral e integrando o corpo de juízes do TRE. Ela apenas fiscaliza, não julga. 

Outra aberração cometida por ela foi mandar retirar a placa do Centro Cultural Anthony Garotinho, em Campos, alegando que a simples exposição do meu nome na fachada do centro, que abriga 14 mil livros, vídeos e a memória da minha trajetória política, minhas realizações, constitui-se propaganda eleitoral. O centro cultural é o lugar mais visitado pelos jovens para pesquisa. 

A perseguição nesses dias tem sido intensa, do tamanho do desespero deles com o meu crescimento nas pesquisas. Parece engraçado, seria cômico se não fosse trágico. Estão preocupados com a distribuição de brindes no programa de rádio feito com patrocínio, tudo dentro da lei. Agora me responda: e os milhões da Delta? E os milhões do pai de Eduardo Paes depositados no paraíso fiscal do Panamá? E a mansão cinematográfica em Mangaratiba comprada com dinheiro sem origem? E as obras superfaturadas do Maracanã? E a conta de Rodrigo Bethlem na Suiça? E o enriquecimento estratosférico da família Picciani de fazer inveja a Bill Gates? Bom, isso não tem importância. O que tem importância é o Garotinho distribuir - fora do período eleitoral - enxoval de bebê para mulheres pobres.

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