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Veja quem tem ficha suja em Campos

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Da Redação, do Jornal O Diário

Dentro do processo eleitoral deste ano, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) enviou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) a relação de gestores públicos considerados "fichas sujas", em razão da prática de irregularidades contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público e não tiveram suas contas aprovadas.

Ao consultar a lista do TCE, um ex-integrante do Governo Alexandre Mocaiber (que pediu para não revelar o nome) sugere a O Diário analisar que há nela nomes de alguns notórios críticos do atual governo. O jornal constata que a observação procede. Encabeça os enumerados o ex-prefeito de Campos Sérgio Mendes "com inúmeras irregularidades, entre elas o não pagamento de salários de funcionários públicos".

O ex-assessor de Mocaiber destaca que outro nome apontado é o de Murilo Dieguez, que foi considerado o principal secretário de Mendes ao ponto de ter sido destacado como coordenador do governo à época. "Dieguez é um dos colunistas da Folha da Manhã e parece ter se esquecido de que o ex-líder foi acusado de 'ter quebrado' a prefeitura".

"Ainda é relacionada entre os 'fichas sujas' Luciana Portinho, que inclusive teve mandado prisão decretado em 2008, durante a Operação Telhado de Vidro que apurou atos de corrupção na administração do então prefeito Alexandre Mocaiber". O ex-assessor acentua: "ela também tem espaço como articulista da Folha".

- Outros gestores que aparecem na relação do TCE são os jornalistas Fernando Leite e Jane Nunes, ambos acusados de "má gestão do dinheiro público", respectivamente, nos governos de Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber e mantêm blogs com críticas à gestão de Rosinha Garotinho.

Os nomes relacionados pelo TCE passam de mil no Estado do Rio de Janeiro e aparece também o da ex-prefeita de São João da Barra Carla Machado (PT), cuja candidatura chegou a ser impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por atos lesivos aos cofres do município. 

O irmão de Carla, vereador Fred Machado, é um dos integrantes da bancada oposicionista em Campos e tenta imputar ao governo Rosinha atos não comprovados, que o TCE teria apontado no período em que a irmã dele administrou São João da Barra. O jornal não conseguiu contato com nenhum dos citados, ontem, mas disponibiliza espaço aos que quiserem se manifestar.

Arnaldo Vianna é o cabeça da relação

Com dezenas de irregularidades apontadas pelo TCE, encabeça a relação o ex-prefeito de Campos Arnaldo Vianna, que recentemente concedeu entrevistas fazendo duras críticas ao governo Rosinha Garotinho. Além dos problemas descritos pelo TCE, Vianna tem três contas reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e responde a processo, em segredo de justiça, por conta de dinheiro desviado dos royalties do petróleo e depositado no "paraíso fiscal".

A ex-esposa de Vianna, que ocupou a Secretaria de Planejamento à época, Ilsan Vianna, é outro nome da lista do TCE, contra quem aparecem diversas acusações. Está incluído ainda o ex-presidente da Câmara Municipal Marcos Bacellar. Contra ele pesa, entre outras, a acusação de ter se beneficiado de licitações fraudulentas.

Da era Arnaldo Vianna-Alexandre Mocaiber, a lista do TCE enumera Paulo Vizela (ex-presidente da Fundação da Infância e da Juventude), Adão Farias, João Carlos Costa Azul, Edilson Quintanilha, Guilherme Leite Fernandes, entre outros.

PT na berlinda com "Escândalo da Zumbi"

Na opinião do ex-assessor de Alexandre Mocaiber, "o vereador petista Marcão, 'oposicionista radical' ao governo Rosinha Garotinho, deveria consultar a investigação feita na Fundação Zumbi dos Palmares, na administração do ex-prefeito". Ele encaminhou ao jornal cópia de relatório preparado pela Universidade Candido Mendes, no qual estão assinalados "fatos que constituem erros, improbidades administrativas e descumprimentos de determinações legais".

Quem presidia a Fundação Zumbi dos Palmares no período dos "escândalos" era o colega de partido de Marcão, Alberto Freitas. A auditoria apontou shows pagos, mas "sem que os artistas tivessem se apresentado em Campos por conta do contrato. Em depoimentos, empresários teriam afirmado que "Alberto exigia apenas a nota fiscal". Aliás, a descoberta foi uma das principais causas da Operação Telhado de Vidro, que levou para a prisão diversos integrantes do Governo Mocaiber.

O ex-assessor de Mocaiber entende ainda que outra preocupação do vereador Marcão deveria ser focada na participação dele enquanto subsecretário de Petróleo e Gás Natural de Mocaiber. "O tribunal ainda analisa contratos firmados na época em que Marcão estava na secretaria. Trata-se de uma empresa com sede não localizada. No endereço constado no contrato social existia ape4nas uma simples residência". "Ficou-se sabendo que foram emitidas notas fiscais com altos valores, cuja finalidade seria, ou teria sido, a de treinar pessoas, através de cursos, para a Petrobras". O ex-assessor ressalta que, "no local informado pela secretaria como endereço da tal empresa, o TCE encontrou uma senhora que teria dito: 'aqui não funciona nada'. Isso não é grave?", indaga.
 
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