Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo federal não está considerando nenhum tipo de auxílio às companhias do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, que enfrentam crise com forte queda das ações nas últimas semanas.
A capacidade de Eike em honrar com o pagamento das dívidas de suas empresas foi colocada em xeque ao longo das últimas semanas, sobretudo no caso da petroleira OGX. Bancos chegaram a afirmar que a empresa poderá ficar sem caixa em um ano, caso não consiga obter receita com a extração de petróleo. Na noite de terça-feira, a agência de classificação de risco Standard and Poor's rebaixou o rating da dívida da OGX para o grau 'pré-default',que significa um alto risco de a companhia não conseguir pagar suas dívidas. Na manhã desta quarta, a Moody's fez o mesmo.
Segundo um relatório do Bank Of America Merrill Lynch, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa estão altamente expostos ao endividamento do grupo EBX. O documento também relata a exposição de instituições privadas, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC e BTG Pactual. Como a holding EBX não possui capital aberto (e, por isso, não divulga seus balanços) a estimativa de endividamento do grupo com os bancos ainda é parcial. Mas, mesmo assim, o montante impressiona: 13 bilhões de reais.
Segundo informações oficiais obtidas pela Bloomberg junto ao BNDES, o bilionário chegou ao ponto de utilizar sua fortuna pessoal como garantia para 2,3 bilhões de reais em empréstimos junto ao BNDES. No total, o banco disponibilizou 10,4 bilhões ao empresário desde 2007. Contudo, o valor, de fato, desembolsado pelo BNDES ainda não é público.
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