Do Jornal O Diário
O rumo da manifestação de professores na última terça-feira em volta da Câmara Municipal de Campos, turbinada pela infiltração de partidos políticos e tentativas de agressão, suscitou debates e polêmica na sessão desta terça-feira do Legislativo, que resultou de um voto de repúdio encaminhado pela vereadora Auxiliadora Freitas (PHS). O repúdio foi aprovado pela maioria dos vereadores, com votos contrários dos quatro vereadores da oposição. "O movimento dos professores é justo, legítimo e democrático, mas não posso admitir a infiltração de pessoas com outros interesses, tentando se apoderar do movimento, contaminando-o e acabando por desvirtuá-lo com fins políticos. Tudo ficou comprovado pelas redes sociais, quando ficamos sabendo que o foco externado por essas pessoas era o de atingir o deputado federal Anthony Garotinho, que vem despontando como primeiro colocado nas pesquisas como pré-candidato ao governo estadual", afirmou Auxiliadora.
Auxiliadora ressaltou que pessoas de fora de Campos estiveram na manifestação, vinculadas a partidos políticos. "Vieram de fora pessoas infiltradas, mas outras que são daqui e foram testadas nas urnas, mas que não tiveram o voto da população, passaram a incitar a agressividade e a violência", acrescentou.
Através do vereador Marcão, a oposição rebateu com a ajuda da Constituição Federal. "Estão tentando descaracterizar a manifestação. A Constituição Federal prevê a liberdade de reunião e de livre manifestação de pensamento".
O vereador Paulo Hirano (PR), líder do governo, afirmou que ser deplorável a atitude dos professores Graciete Santana e Wagner Maia que manifestaram intenção de boicotar a Prova Brasil e do Saerj, através do Facebook. "Isso é politicagem partidária e incitação ao crime, quando instigam colegas a praticar crime de boicote a uma determinação federal, a fim de colocar a Educação no fundo do poço. É isso que querem? É isso que norteia o movimento? Isso é crime que já foi comunicado à Polícia Federal e Ministério Público", denunciou.
"Não" para Cabral
O governador Sérgio Cabral (PMDB) teve rejeitada uma moção de aplausos proposta pelo vereador Nildo Cardoso (PMDB), pela cessão de um ônibus para o Hemocentro de Campos. "Voto contra. Confio na palavra do vereador, na do governador, não. O povo de Campos sofre com esse desgoverno, que falha na segurança pública, na saúde e na educação", declarou o vereador Jorge Magal (PR).
Altamir Bárbara (PSB) também justificou seu voto contrário e considerou a proposta como inoportuna. "Seria justo se o ônibus estivesse em Campos. No entanto, pode ser mais uma promessa de Cabral que deseja até sair antes do fim da sua administração".
Nildo Cardoso alegou estar seguro de todos os encaminhamentos para a chegada do ônibus. O descontentamento levou o peemedebista e outros vereadores da oposição, Fred e Rafael Diniz, a firmarem posição de não mais votar favorável a moção de aplausos encaminhado pela bancada governista.
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