Uma grave denuncia contra membros do Movimento Educadores em Luta em Campos, integrado por um grupo de professores, veio à tona neste sábado(26), e pode virar inquérito na Polícia Federal(PF), após conversas postadas no Facebook sobre o plano de boicotar a prova da Saerj e a Prova Brasil–Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj), de realizar mais um ato público no dia 14 de novembro e vigília diante da Secretaria Municipal de Educação a partir da próxima terça-feira(29), com objetivo de causar desgaste ao deputado federal e pré-candidato ao Governo do Rio, Anthony Garotinho.
As postagens foram realizadas pela presidente do diretório municipal do PCB e professora da rede estadual, Graciete Santana, e do pedagogo da rede municipal, Wagner Maia.
Em um dos trechos, Wagner Maia diz: Se eles têm a mídia contra nós…’nós temos 4 mil nas ruas e os ônibus contra eles, pra manchar a imagem do governo Garotinho pras eleições de 2014′.
Graciete Santana posta sobre uma paralisação na próxima terça-feira (29) e vigília diante da secretaria municipal de Educação de Campos, e do boicote. “Além dessa, tem outra que precisamos aprovar: boicote à aplicação do Saerj e da Prova Brasil. Não é nossa obrigação. Neste dia estaremos na escola e devemos nos recusar a aplicar o instrumento de avaliação externa”.
A proposta de boicote de Graciete recebe a seguintepostagem do pedagogo Wagner Maia: “Conforme prometi… colo abaixo as instruções recebidas por nós para aplicação do Saerj, onde, na rede municipal, é para utilizarmos professores da própria unidade, que não sejam nem o professor da turma, nem diretor, nem vice, nem pedagogo. Então, o que faremos é ninguém entregar as provas pros alunos, pra voltarem toda em branco. Mas, o governo sabendo disto, eles vão querer mandar os contratados aplicarem, ou os RETs”.
Em outra postagem, Wagner Maia fala em desgastar a imagem do governo em mais um ato público e ainda desgastar a imagem de Garotinho: “É agora que devemos continuar mais ainda em nossa luta, boicotar o Saerj e a Prova Brasil, conscientizar ainda mais a população a nosso favor, fortalecer unificando com outras categorias pra um grande ato no dia 14, e tudo o que já falei de nos filiarmos ao Sepe. Não é o momento ainda de greve, mas sim de jogarmos a população contra o governo a todo custo. Se eles têm a mídia contra nós… Nós temos quatro mil nas ruas e nos ônibus contra eles, pra manchar a imagem do governo Garotinho pras eleições de 2014″.
Líder do Governo fala em acionar a Polícia Federal
O líder do governo municipal na Câmara, o vereador Paulo Hirano(PR), em entrevista neste sábado ao programaEntrevista Coletiva, da Rádio Diário FM, comentou o plano de boicote e disse que a Câmara deve se posicionar e levar o caso à Justiça e à Polícia Federal.
“Nós denunciamos a infiltração de forasteiros que vieram para Campos com o objetivo de integrar e incitar o movimento de uma forma agressiva, de uma forma distorcida. Agora, um absurdo o que estão propondo. Acho que a Câmara deve entrar fortemente nesta discussão e trazer isto à tona, em discussão junto à sociedade, já que estão sugerindo, a meu ver, um crime. Estão dizendo o que é para ser feito, incitando os professores para que boicotem a Prova Brasil. Um boicote que vai prejudicar os nossos alunos, que vai prejudicar o conceito da formação dos nossos alunos frente ao governo federal. É um absurdo isso. Não acredito no que estou vendo, no que estou sabendo agora pela rede social. Como que pode, uma pessoa que se diz representante ou da categoria [professor], que preza pelo ensino, qualificação e melhoria da qualidade do ensino, querer boicotar uma prova federal, uma avaliação do governo federal. Isso extrapola, inclusive, a nossa condição do nosso município. Isso deve ser denunciado à Polícia Federal, ao Ministério da Educação, porque estão querendo fazer aqui um movimento de boicote com prejuízo da nossa população, dos nossos alunos. Enquanto discutimos meios de avançar e melhorar, eles se reúnem para fazer boicote em uma avaliação que pode jogar o município no fundo do poço. Isto é um crime. Quis voltar pra externar isso e pedir aos professores conscientes, os professores reais, não este grupo de revolucionários que acabam tentando fazer um movimento contrário a democracia e mais, está explicitado Quando digo que movimentos, quando recheados de atos político-partidários, contrários, radicais, acabam prejudicando a população, como prejudicaram com aquele movimento na última terça-feira, na Câmara, como estão prejudicando”, afirmou Hirano.
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