Comboio de viaturas do GETAM, unidade da PM do Rio de Janeiro criada por Garotinho |
Por Anthony Garotinho
Hoje no Rio de Janeiro não se concebe um governador que não tenha conhecimentos nessa área estratégica como é o caso de Pezão. Muita gente não sabe, mas eu antes de assumir o governo do Rio de Janeiro fui conhecer a Sûreté, a polícia nacional francesa e a Scotland Yard, da Grã-Bretanha. Depois como governador do Rio fui a Nova Iorque, não para fazer turismo como Cabral, mas entre outras coisas para conhecer de perto o trabalho da polícia local, famosa pelo programa de Tolerância Zero, que reduziu drasticamente os índices da criminalidade. Já como secretário de Segurança, no governo de Rosinha fui a Israel, onde conheci a polícia israelense. Em todos os casos me reuni com especialistas, conversei com dirigentes das polícias, aprendi e estudei o assunto, a ponto de ter lançado dois livros sobre segurança pública. Essas informações a imprensa nunca publicou. Da mesma forma como não quer fazer comparações com números entre os governos Garotinho e Rosinha com o de Cabral - Pezão.
Quem for pesquisar vai descobrir que depois de uma década de crescimento contínuo e assustador dos roubos de veículos foi no meu governo que pela primeira vez uma expressiva redução dessa modalidade de crime, assim como de outras.
Uma iniciativa que deu muito certo foi a criação do GETAM (Grupamento Especial Tático Móvel), unidade da Polícia Militar que patrulhava vias expressas com Avenida Brasil, Linhas Vermelha e Amarela, Automóvel Clube, Suburbana e outras. Eram comboios de quatro patamos, que circulavam o tempo todo com isso inibindo a passagem de bandidos pelos principais corredores de interligação aos diferentes bairros. Por ignorância, Beltrame acabou com o GETAM, que hoje faz muita falta.
Outra medida que tomei como secretário de Segurança de Rosinha, que teve enorme sucesso na redução de vários tipos de roubos foi a implantação das blitzes não apenas da Polícia Militar, como também da Polícia Civil. Vocês devem lembrar que todos os dias da semana em diversos bairros havia blitzes da Polícia Civil. Hoje, a Polícia Civil foi completamente esvaziada por Beltrame. A coisa mais rara do mundo hoje é se deparar com uma blitz da Civil.
Cortar folgas de policiais militares pode até ser justificável na Copa do Mundo, mas mais do que isso é expor os policiais a um desgaste sobre-humano e não pode ser mantido.
Estão aí dois exemplos de medidas estratégicas relativamente simples de serem colocadas em prática, sem precisar grande engenharia, que já foram implementadas com sucesso e que hoje seriam benéficas para a população. O problema é que Beltrame não é o "mago" que a mídia tentou vender durante um tempo, e Pezão não entende nada do assunto. Aliás, me desculpe Pezão, mas se eu estivesse no lugar dele sabendo que assumiria o cargo de governador, com toda a antecedência que ele teve, teria me preparado para enfrentar esse problema. Mas Pezão achava que dava para tirar de letra empurrando com a barriga. Agora está sem pai, nem mãe, à deriva, sem saber o que fazer.
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