A defesa de Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia, enviou à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (24) comprovantes dos pagamentos de R$ 8.863.000 em suposta propina ao esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Segundo os advogados, os pagamentos foram direcionados à Diretoria de Serviços da empresa, para evitar que a empreiteira fosse prejudicada em contratos que mantinha com a Petrobras.
O advogado Pedro Henrique Xavier já havia admitido os pagamentos no dia 18 de novembro, mas não havia especificado para qual diretoria eles haviam sido direcionados. Na ocasião, Xavier afirmou que o cliente pagou o suborno sob ameaça do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010, para garantir a continuidade dos contratos que mantinha com a Petrobras.
No documento enviado nesta segunda, os advogados José Luis Oliveira Lima e Camila Torres César detalham que os pagamentos foram feitos entre os anos de 2010 e 2014, por determinação de uma pessoa chamada Shinko Nakandari – que se apresentou como emissário da Diretoria de Serviços, na presença de Pedro Barusco – então gerente de serviços da diretoria comandada por Renato Duque.
“Consigna, também, que a cobrança da vantagem indevida se deu em formato semelhante ao adotado pela Diretoria de Abastecimento (...), ou seja, com a efetiva ameaça de retaliação das contratações que a Galvão Engenharia S/A tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento dos valores estipulados de maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal”, dizem os advogados de Fonseca.
Por fim, a defesa ainda se coloca à disposição para uma acareação entre Fonseca, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para esclarecer o assunto.
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