Rio - Um dossiê com denúncias de irregularidades encontradas no concurso da Polícia Militar, realizado no último dia 31, será enviado ao Ministério Público do Rio e Tribunal de Contas do Estado (TCE). A decisão foi tomada nesta terça-feira, por unanimidade, em audiência da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Iranildo Campos (PSD).
Nesta quarta-feira, o INFORME DO DIA adiantou que será aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa Exatus, organizadora do concurso. O material da prova também será enviado para a Fundação Getúlio Vargas, que deve analisar se o conteúdo aplicado estava de acordo com o que foi estabelecido no edital. O concurso teve 105 mil candidatos inscritos, disputando cerca de 6 mil vagas.
As denúncias vão desde a dissonância entre as questões aplicadas, o conteúdo previsto no edital e até o uso irregular de telefones celulares durante as prova, terminantemente proibido. Também há indícios de falhas de conteúdo programático e erros de enunciados. Representantes dos concursados participaram da audiência e relataram as falhas, apresentando provas, entre fotos, reportagens, vídeos e gravações de áudio.
“Quem vai determinar a suspensão ou não do concurso é a Justiça. A Comissão de Segurança Pública da Alerj terá o papel de encaminhar as denúncias. No entanto, vamos acompanhar as apurações e cobrar as providências”, disse o presidente da Comissão, deputado Iranildo Campos.
A reunião contou com a presença dos membros da comissão, como os deputados Zaqueu Teixeira (PT), Flávio Bolsonaro (PP) e Paulo Ramos (PSOL), deputados convidados, representantes de Policiais Militares e uma comissão formada por candidatos. O Comando da PM foi convidado e não compareceu à audiência, enviando apenas um ofício. A empresa Exatus, organizadora do concurso, não enviou nenhum representante.
Jornal O Dia
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