Petrolão está só começando

Reprodução O Globo

Por Anthony Garotinho

Se vão conseguir abafar o escândalo da PETROBRAS eu não sei, mas sem dúvida o que veio à tona até agora é refresco. Quando da apreensão dos 32 pen drives e mais computadores e documentos na primeira incursão da Polícia Federal na Operação Lava Jato, eu afirmei categoricamente que Cabral não seria candidato a cargo nenhum. Ele já recebia propina da PETROBRAS antes de ser governador, quando ocupava o cargo de senador. Depois a coisa aumentou na proporção do seu cargo. 

Esse episódio mostra claramente aquilo que venho afirmando há oito anos: há uma gangue instalada no Estado do Rio de Janeiro cujo único objetivo é aumentar o patrimônio pessoal com dinheiro público. 

Tudo que é possível roubar, desviar, extorquir, virou sinônimo de PMDB, e infelizmente contaminou outras instituições do estado. 

Alguém tem dúvidas que a evolução patrimonial do "Rei do Gado" é algo que nenhuma contabilidade séria do mundo pode acreditar? 

Alguém minimamente esclarecido pode acreditar que o "vendedor de cocada de Saquarema" se transformou em fazendeiro, dono de sítio cinematográfico, dezenas de imóveis de luxo? 

Se como mostramos ontem, um "assaltantezinho da periferia do poder" George Sadala, da Gangue dos Guardanapos, teve dinheiro para comprar um apartamento que agora está sendo vendido por R$ 23 milhões imaginem os chefes. 

Nesta eleição o povo do Rio que tem tomar uma posição: ou acaba com o PMDB e seus tentáculos na ALERJ para poder refundar o Estado ou o Rio de Janeiro vai viver o ápice da podridão política que tomou conta do estado a partir do governo Cabral. 

Pezão, que inicialmente negou ter qualquer relação com Paulo Roberto Costa agora já admite que tinha ligações, segundo ele apenas profissionais. É realmente contato direto quem tinha era Hudson Braga, seu braço-direito, o Braguinha que ia lá pegar a mala e repartir o dinheiro. No caso do "número 1", Sérgio Cabral, a situação era mais sofisticada. Vocês verão em breve as revelações das contas dele na Suiça, onde o dinheiro era depositado. 

Espero que esta vergonha que envolve o PT, o PMDB, de Cabral e Pezão, o PP, de seu vice Francisco Dornelles não acabe em pizza como a CPI da Delta, afinal Fernando Cavendish continua aí livre, soltinho, desfrutando os milhões que roubou dos cofres públicos. Sinceramente espero que Paulo Roberto Costa conte tudo, não poupe ninguém porque podem ter certeza não ficará pedra sobre pedra com grande figuras da política brasileira.