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Pacificador, por Elio Gaspari


Pacificador

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, zangou-se quando um pesquisador apontou a “pacificação” das estatísticas de homicídios do estado.

Depois da morte de Cláudia Silva Ferreira, arrastada pela viatura que devia levá-la ao hospital, o repórter Marcelo Gomes informou o seguinte:

O subtenente Adir Serrano Machado, que estava na cena, viu-se listado em 57 “autos de resistência” em que morreram 63 pessoas. Seu colega Rodney Archanjo está em outros cinco, com seis mortos.

De duas uma, ou as estatísticas da polícia do Rio assemelham-se às reuniões dos conselhos do comissariado, ou policiais como Machado e Archanjo são versões modernas do Sargento York, o soldado americano da Primeira Guerra, magistralmente representado por Gary Cooper. Sozinho, York matou 28 alemães e capturou 132.

Como disse o viúvo de Cláudia, ao governador Sérgio Cabral: “Se não tivesse aquele cara que filmou, este seria só mais um caso. Tomou tiro, entrou no hospital e morreu”.

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