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Sérgio Cabral manda fechar várias escolas para cortar gastos


Sob a justificativa de que está cortando gastos da Secretaria estadual de Educação, o secretário Wilson Risolia autorizou o fechamento de 49 escolas da rede estadual do Rio ao longo dos últimos 1 ano e 6 meses. A maioria das unidades funcionava em prédios da Prefeitura do Rio, à noite, e atendia jovens e adultos fora da idade regular do Ensino Médio. 

Ou seja, as unidades fechadas eram destinadas aos alunos mais velhos: a maioria trabalha durante o dia e tem apenas a noite para suprir a deficiência educacional e concluir o Ensino Médio.

Das 49 unidades de educação que foram extintas, 31 funcionavam na capital, outras dez em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A Baixada também não escapou dos fechamentos: quatro escolas de Japeri tiveram as portas fechadas, assim como três em Magé; e uma em Guapimirim. Há expectativa de que o número de unidades estaduais fechadas cresça ainda mais no ano que vem.

Secretário Wilson Risolia autorizou o fechamento de 49 escolas da rede estadual do Rio ao longo dos últimos 1 ano e 6 meses.
Diretora do extinto Colégio Estadual José Pedro Varella (Rio Comprido), por sete anos, a professora Maria João critica o fechamento das unidades e encarou a decisão do secretário estadual de Educação como uma manifestação de "descomprometimento com o ensino público".

"Tenho a impressão de que o governo está na contramão de aumentar o número de alunos nas salas de aula. Na escola em que eu era diretora eram 500 alunos matriculados e frequentando as aulas. A maioria não teve a oportunidade de estudar quando jovem. Então, estavam aproveitando a oportunidade durante a noite. Trabalhavam de dia e estudavam à noite. Quando o secretário anunciou o fechamento, muitos abandonaram, porque só conseguiriam transferência para escolas distantes", destaca a educadora.

Outro problema que chama a atenção no fechamento do Colégio Estadual José Pedro Varella é que muitos alunos eram oriundos do Morro do São Carlos e só conseguiram vagas para estudar numa unidade de educação localizada no Morro do Turano, de facção rival. Ambas as comunidades ainda estão em processo de pacificação. 

"Como você vai mandar um aluno de uma comunidade na qual há resquícios de bandidos de uma facção rival à de outra? Os meus alunos tiveram medo diante desta situação de insegurança e eu os aconselhei a procurar a escola que fosse mais tranquila. O problema é que muitos tiveram dificuldades de encontrar escolas próximas de suas casas. São pais de família que querem estudar. Só isso. Mas o governo estadual não colaborou! Educação não é gasto. É investimento", critica.

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