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Depressão aumenta risco de doenças cardíacas em jovens

Segundo estudo, mulheres com quadros depressivos têm três vezes mais chances de morrerem por doenças cardiovasculares
Depressão: mulheres jovens com esse problema podem ter até três vezes mais riscos de doenças cardiovasculares e 14 vezes mais chances de ataque cardíaco

Um estudo divulgado nesta sexta-feira identificou uma forte relação entre depressão e risco de problemas cardíacos entre jovens, principalmente mulheres. A pesquisa foi feita pela Universidade de Medicina de Emory e publicada no periódico Archives of General Psychiatry.

Estudos anteriores já haviam apontado quadros depressivos como fatores de risco para doenças do coração, mas essa é a primeira vez que uma pesquisa se volta à saúde dos jovens. A diferença, segundo os pesquisadores, está no fato de que pessoas mais velhas terem mais problemas como hipertensão e diabetes e, consequentemente, mais chances de sofrerem um problema cardíaco.

A pesquisa – O estudo olhou para 7.641 pessoas entre 17 e 39 anos que passaram pelo Observatório Nacional de Exames em Saúde e Nutrição (Nhanes, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, entre os anos de 1988 a 1994. Foram analisados históricos de depressão e de tentativas de suicídio, além de diagnósticos feitos com base em entrevistas clínicas. Segundo os pesquisadores, esses diagnósticos são muito mais precisos para identificar problemas depressivos do que questionários.

A análise identificou que mulheres com depressão ou histórico suicida têm três vezes mais chances de morrer por doenças cardiovasculares e 14 vezes mais riscos de morrer por ataque cardíaco do que aquelas que não possuem o problema. Entre os homens, os números foram de 2,4 e 3,5, respectivamente.

“Nós estamos percebendo que a depressão é um sério fator de risco para doenças cardíacas em jovens. Entre as mulheres, esse problema parece ser mais influente do que tradicionais fatores de risco como fumar, hipertensão, obesidade e diabetes, que não são comuns em jovens”, diz Viola Vaccarino, primeiro autor do estudo.

De acordo com os pesquisadores, mesmo que pessoas com quadros depressivos tenham comportamentos de risco, como fumar e comer mal, os efeitos fisiológicos da depressão provavelmente interferem mais nos problemas cardíacos do que o estilo de vida. “A depressão causar, por exemplo, o aumento do cortisol, que é um hormônio relacionado ao estresse e, assim, provocar outras doenças”, explica Vaccarino.

"Os jovens fazem parte de um grupo que, normalmente, tem baixos riscos de sofrer problemas cardíacos", diz o pesquisador. "Mas a importância de estudar esses indivíduos de forma mais intensa está na compreensão de como a depressão afeta o coração."

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