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Governo do Estado deixa municípios sem remédios

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O Ministério da Saúde e o Governo do Estado do Rio de Janeiro estão com dificuldades na aquisição e distribuição de algumas vacinas, soros e medicamentos. O desabastecimento está afetando municípios de todo o país, principalmente porque o Governo Federal e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não apresentam previsões exatas para regularização dos estoques. O Jornal O Globo também noticiou o fato e falou em "racionamento de medicamentos nos estados".

De acordo com o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, o medicamento Imunoglobulina Anti-RHO (D) é um dos que estão em falta no estoque da SES. "Ele é usado para prevenir a sensibilização Rho(D) de mães e, como consequência, a doença hemolítica Rho(D) dos recém-nascidos, que pode levar a lesão cerebral, cirrose hepática infantil ou hidropsia congênita, muitas vezes conduzindo à morte intrauterina do feto", explicou. 

A nota da Superintendência de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, da Subsecretaria de Atenção à Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ) foi enviada por email à Secretaria Municipal de Saúde e diz: "No momento estamos desabastecidos do medicamento Imunoglobulina Anti-Rh (D) por inadimplência de entrega pelo fornecedor, que alega dificuldades na aquisição de matéria prima no mercado, em quantidade suficiente para atendimento da demanda da SES. O nosso novo processo de compra tem licitação prevista para este mês".

Já a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), do Ministério da Saúde, informou aos coordenadores estaduais de imunização, por meio de nota técnica, que está com dificuldade de atender a demanda de distribuição de algumas vacinas, como a antitetânica, BCG, tetra viral e febre tifoide. 

Os motivos são vários, como afirma o comunicado, desde o descumprimento no cronograma de entrega por parte dos laboratórios; desvio de qualidade identificado nos lotes que estavam para ser entregues ao Ministério, exigindo correção dos mesmos; entre outros.

A CGPNI disse em nota: "Contamos com a compreensão e colaboração do seu estado para que sejam realizados remanejamentos locais, quando necessário, visando à otimização dos imunobiológicos citados, até que os estoques na instância federal sejam regularizados".

Para manter o combate

O município de Campos montou um plano de contingência para continuar garantindo o combate ao tétano e, de acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, a Secretaria de Saúde fez uma compra emergencial da vacina dTPa (contra a difteria, tétano e pertussis (acelular), para atender os casos de urgência. "A vacina dTPa contém a antitetânica e estamos garantindo, emergencialmente, para os munícipes que sofreram acidentes, no Hospital Ferreira Machado, e para gestantes acima de 30 semanas de idade gestacional, na nossa sala de vacina, na secretaria de Saúde", explicou Charbell.

No caso da vacina Tríplice Bacteriana, que protege de difteria, tétano e coqueluche, a Secretaria está substituindo pela pentabacteriana (contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e hemófilos tipo B). "Além disso, estamos trocando, em algumas crianças, a vacina tetraviral pela triviral", acrescentou o diretor.

A fim de garantir a proteção das parturientes, até que o abastecimento da SES seja normalizado, a Secretaria Municipal de Saúde está fazendo a aquisição do medicamento para atendimento de suas respectivas maternidades.

Fonte: Jornal O Diário

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