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Alerj expulsa acusados de marajá

Rio - O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, exonerou 14 funcionários da Casa que foram denunciados pelo Partido Humanista da Solidariedade de serem fantasmas. Segundo a acusação, enviada pelo Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, os funcionários, que ganhavam até R$ 20 mil, nunca exerceram qualquer função na Alerj e eram indicações políticas do ex-presidente Paulo Melo (PMDB). 

Uma das funcionárias que constavam na lista, Lua Gabrielle Lima Azeredo, foi flagrada pelo DIA , no mês passado, trabalhando no estabelecimento que é proprietária, a Lua Esmalteria, em Saquarema, reduto de Paulo Melo, durante horário de expediente na Alerj. Segundo a denúncia do PHS, Lua é sobrinha do vereador Romart Azaredo, presidente da Câmara de Vereadores de Saquarema. 

A equipe de reportagem ligou para a Lua Esmalteria em outros dias da semana, durante o mês de junho, e ela sempre estava lá. Apesar disso, Lua recebeu o salário integral de R$ 6.489, sem nenhum desconto por faltas. A assessoria de imprensa do deputado Dica (PMDB), onde Lua estava lotada desde a saída de Paulo Melo, em março, informou que pediu a exoneração da funcionária, neste mês, após ela ter faltado “por diversas ocasiões”. 

Outro funcionário da lista, exonerado nesta segunda-feira, o ex-vereador de Saquarema, Mauricio Alves de Carvalho, foi visto pela equipe de reportagem, no mês passado, em horário de expediente, circulando pelas ruas de Saquarema. Lotado na assessoria da presidência, Carvalho recebeu o salário integral de R$ 2,9 mil pelo mês, também sem nenhum desconto por faltas. Em nota, a assessoria de imprensa da Alerj respondeu que os funcionários lotados em áreas de assessoria parlamentar “não necessariamente fazem suas atividades na Alerj”. 

Também foram exonerados Alcides Gomes de Oliveira, que, segundo a denúncia, era motorista de carros de som de Melo e recebia R$ 9.853 e Magno Cezar Mota, que também seria motorista do ex-deputado e recebia R$ 18.583. A assessoria da Alerj negou que as exonerações tivessem a ver com as denúncias. Já Paulo Melo afirmou que todos funcionários trabalhavam e que indicações políticas são normais.

O Dia
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2 comentários:

Hipólito da Costa disse...

UM DIA A CASA CAI.
Depois de amargar uma vergonhosa derrota na tentativa de reeleição à presidência da ALERJ e, ato contínuo, ser humilhado pelo novo presidente daquela Casa Legislativa com a implosão se sua candidatura para conselheiro do TCE o deputado perdeu todo o prestígio político que ele sempre achou que tinha, nos seus 30 anos de vida pública.
As más línguas dizem até que houve uma comemoração geral promovida pelos servidores estatutários após sua funesta saída, pela porta dos fundos, do Palácio Tiradentes.
Pois bem, escorraçado, quase que a pontapés, do Plenário Barbosa Lima Sobrinho o prepotente deputado passou a colher os frutos de sua arrogância.
Promovendo uma faxina geral no ranço deixado por seu antecessor o atual presidente acabou por exonerar em 20 de julho próximo passado os últimos contratados que lá estavam por determinação do ex-presidente, eliminando, com isso, os resquícios de sua presença naquela Casa.
Agora, recluso num quartinho para guardar material de limpeza no Palácio Guanabara, que alguns teimam em chamar de Secretaria de Governo, o titular da pasta em sua rotina de trabalho finge não perceber que deputados estaduais de peso e prefeitos de cidades importantes do Estado sequer lhe cumprimentam quando visitam o Palácio Guanabara, entrando direto no gabinete do governador sem lhe dar nenhuma satisfação.
Diante dos fatos expostos tem que se raciocinar que existirá uma dificuldade imensa de o deputado realocar esses futuros ex-aliados em outras contratações na estrutura do governo do Estado, já inchado de tantos cabides empregatícios. Ainda mais com os altos salários que esses contratados recebiam na ALERJ.
Moral: quando esses correligionários se derem conta de que a fonte secou e que a falta de dinheiro fácil é uma via de mão única o relacionamento com o deputado vai ficar abalado.
Críticas começaram a pipocar em todos os cantos da cidade, principalmente nas mesas da Bela Bel, onde em suas cadeiras se assentam a maior parte dos ex-donatários dos robustos salários que se esvaíram.
Ingratidão vai ser um verbete simplório para adjetivar toda a gritaria dos imediatistas mal-agradecidos.
Após a debandada geral, de uma hora para outra, quem era ‘ovacionado’, como estampou um jornal ‘chapa branca’ local, será execrado por àqueles que juravam amizade eterna até bem pouco tempo atrás.
Como diz aquele velho ditado: “você só colhe aquilo que você planta”.

Gabriel Neto disse...

VIRADO PARA A LUA - Motorista do secretário de governo do Estado do Rio de Janeiro Paulo Melo e tio em primeiro grau da prefeita de Saquarema Franciane Motta, Magno Cezar Motta realmente é um sujeito que nasceu com 'aquilo' virado para a lua. Com a crise de desemprego que assola atualmente o país, o sortudo que havia sido exonerado, em 17 de julho, da ALERJ onde recebia R$ 18.583 foi nomeado, em 18 de julho, na secretaria de governo no Palácio Guanabara. Mais um pouco e a lua entra.