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Entrevista com Rosinha Garotinho

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Da Redação, Jornal O Diário

Alvo de críticas da oposição, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, que vinha evitando falar sobre as acusações por ela consideradas "irresponsáveis e de pessoas sem conhecimento do que falam", abre o jogo nesta entrevista e mostra que diferente do quadro pintado por seus adversários, o governo de Campos vai fechar o ano com suas contas em dia, ao contrário das próprias contas nacionais (governo federal) e da maioria das prefeituras brasileiras. A prefeita Rosinha Garotinho foi dura: "É uma mistura de despreparo com demagogia".

O DIÁRIO - A oposição vem dizendo que a prefeitura está quebrada. Até que ponto isto é verdade?
Prefeita Rosinha Garotinho - Uma prefeitura falida não realiza investimentos do porte que Campos vem fazendo. Agora mesmo estamos entregando mais casas populares, já são seis mil unidades do Morar Feliz. Estamos com mais duas Vilas Olímpicas prontas. O Centro Histórico da cidade está sendo recuperado. A limpeza da cidade hoje é uma unanimidade entre os campistas. Vamos licitar no próximo dia 11 a nova etapa do Complexo Logístico Farol-Barra do Furado no valor de R$ 300 milhões. Como alguém, que seja honesto intelectualmente, pode afirmar que a prefeitura está quebrada? Isso é mentira, é uma leviandade.

OD - E a afirmação que houve um rombo de R$ 600 milhões de dinheiro da prefeitura para a campanha de seu marido ao governo do estado?
Rosinha- Isso é uma mistura de má fé e oportunismo político. Má fé, porque é impossível uma campanha ao governo do estado custar 600 milhões. Nem a da presidente Dilma e de Aécio Neves custaram isso. Oportunismo porque a prefeitura disponibiliza através do Portal da Transparência, criado por mim desde o primeiro ano de meu mandato, todos os pagamentos. Então, se alguém tem dúvidas, basta consulta-lo e saberá que isto é mentira. Estou tomando as medidas jurídicas cabíveis para responsabilizar os autores das acusações irresponsáveis.

OD - E quanto à venda dos royalties do petróleo?
Rosinha - Essa é outra mentira, não negociamos royalties. Apenas uma participação especial do mês de fevereiro do ano que vem, que será antecipada, e que será descontada em duas parcelas. Uma parcela em fevereiro de 2015, e outra parcela em fevereiro de 2016, dentro de meu exercício fiscal, portanto sem nenhum comprometimento dos governos futuros. Esse fato ocorreu em função dos reajustes de contratos previstos em lei para esse ano, e em função da queda constante do preço do barril do petróleo e a frustração da receita oriunda do ICMS. Quero garantir ao povo de Campos que não há descontrole das contas públicas, não há rombo, como diz a oposição. O que há é uma oposição despreparada e que usa de mentira como arma política para confundir a opinião pública.

OD - Esse ano o verão de Farol terá vários patrocinadores. Porque?
Rosinha - Estou resgatando uma prática que já existia no governo Garotinho. O nosso verão é uma excelente oportunidade para as empresas fazerem marketing de suas marcas. A oposição não sabe o que quer: até isso eles criticam.
OD - Há também críticas ao transporte coletivo?
Rosinha - Sim, o sistema era um caos. Fomos resolvendo por etapas. Padronizamos os táxis, implantamos a Passagem Social. Enfrentamos o poderoso lobby das empresas de ônibus, realizando a licitação do transporte coletivo, cobrado pela Justiça e Ministério Público há anos. Agora vamos colher os frutos. As empresas terão que colocar nos próximos dias mais de 100 ônibus novos, com acessibilidade, para dar mais conforto e dignidade aos passageiros. Havia um cartel e eu tive coragem de enfrenta-lo.
OD - O preço do petróleo está despencando e os municípios produtores serão afetados com esse cenário.
Rosinha - É verdade, começamos o ano com o barril de petróleo cotado a 110 dólares. Em primeiro de janeiro de 2013, a cotação era 115,55 dólares por barril. Hoje [ontem], o mercado apontava abaixo de 66 dólares por barril. É uma tragédia para todos os municípios que dependem do petróleo. Mas não estou parada, estou trabalhando com todos os meus secretários para ajustar os contratos em no mínimo 20%. E manter a cidade funcionando, limpa, iluminada, com belo paisagismo, com investimentos na construção de novas escolas e creches, infraestrutura em bairros, Morar Feliz, e tudo que temos feito e que tem recebido reconhecimento da população.

OD - A oposição tem denunciado má aplicação do dinheiro público.
Rosinha - Quem me conhece sabe que eu não tolero corrupção. Se alguém quer dizer que há uma pessoa agindo errado no governo, dê o nome e as provas, e demito na hora. Meu compromisso sempre foi com a lisura, a honestidade, e um serviço público que atende a todos, sem discriminação. Quem acusa sem provas, ou com provas forjadas, como aconteceu outro dia, não tem compromisso com a democracia, nem com Campos, ou mesmo com seu eleitor. Ah, quero lembrar que todas as minhas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, e não me recuso a esclarecer qualquer aspecto da administração, desde que de forma civilizada, sem baixaria.

OD - Alguns veículos de comunicação acusam que há obras paralisadas.
Rosinha - De fato, tivemos um pequeno período onde algumas poucas obras, das mais de 100 que estão em andamento, tiveram seu ritmo afetado, por causo dos atrasos dos royalties por parte do Governo Federal. Mas as grandes obras, como o Centro Histórico, entre outras,seguiram aceleradas. E vou continuar a investir em um ritmo que Campos que nunca viu, para melhorar a qualidade de vida, a mobilidade urbana, a educação, a saúde do nosso povo.

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