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Sem bolsas, 60% dos alunos da Uenf não voltam às aulas

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As aulas na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) foram retomadas nesta segunda-feira, porém nem 40% dos alunos compareceram. O principal motivo, segundo o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Bráulio Fontes, é o atraso no pagamento da bolsa de dezembro. Caso, o benefício não seja pago até quarta, haverá uma mobilização dos estudantes.

De acordo com Bráulio, os pagamentos de todas as modalidades de bolsas estão atrasados. Na modalidade dos estudantes cotistas de graduação ou de apoio acadêmico são cerca de 1.300 alunos que recebem R$ 300,00 por mês. Eles, segundo Bráulio, são os mais afetados, pois dependem exclusivamente desse dinheiro para arcar com os custos de alimentação e moradia. "Como o dinheiro ainda não caiu na conta, muita gente não retornou e vai continuar assim até que seja pago", observa.

Existem ainda as modalidades de bolsas de mérito, de mestrado, doutorado, pós-doutorado e professores bolsistas de apoio ao ensino, cujos valores são diferentes. Ainda segundo Bráulio, essa situação acontece em outras universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro, como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e o Centro Universitário Estadual da Zona Oestes e universidades federais, onde bolsistas são pagos com recursos do Estado.

Mobilização - Segundo Bráulio, se o dinheiro não for pago até quarta-feira, o DCE deverá organizar uma mobilização, já que a reitoria não deu informações sobre a data do pagamento. A assessoria de imprensa da universidade foi contatada, mas ainda não conseguiu um posicionamento oficial. No dia 22, quinta-feira, será realizada na Uerj, no Rio, uma assembleia estudantil em prol da regularização das bolsas e outras questões. 

Em abril do ano passado, dois alunos da Uenf, acamparam no pátio da reitoria e fizeram greve de fome por três dias, que foi suspensa após o reitor da unidade, Silvério de Paiva Freitas, se comprometer a equiparar o auxílio-cota dos estudantes carentes ao mesmo que é praticado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, que é de R$ 400,00, o que não aconteceu.

Fonte: Jornal O Diário
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