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Polícia Civil realiza operação para desarticular quadrilha envolvida em fraudes na Saúde

Rio - Policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Saúde (DRCCSP) realizam, nesta quinta-feira, uma operação para desarticular uma quadrilha de empresários e médicos acusados de forjar documentos para a utilização de materiais que estariam fora de uso. Os criminosos chegavam a movimentar R$ 120 milhões provenientes de contratos com o poder público.

"Estamos monitarando estes contratos e já conseguimos chegar a valores de R$ 120 milhões. Mas vamos continuar investigando para encontrar mais", disse o delegado Fábio Cardoso, responsável pela investigação.

Os médicos, que trabalhavam em hospitais públicos, recebiam propina de empresários em um esquema que envolvia várias irregularidades, incluindo compra de remédios e equipamentos para a realização de cirurgias no Hospital Salgado Filho. As investigações tiveram início em dezembro de 2009, de acordo com informações do delegado Fábio Cardoso, responsável pela DRCCS.

Os quase 80 policiais foram às ruas nesta quinta-feira para cumprir 15 mandados de busca e apreensão expedidas pela Justiça. Segundo o delegado, os agentes já teriam localizado e revistado o apartamento do líder da quadrilha, identificado como Carlos Henrique Ribeiro, que seria um neuro-cirurgião. Dezenas de documentos foram encontrados no imóvel localizado na Rua Barão da Torre, 456, e em seu consultório instalado na Rua Aníbal de Mendonça, ambos os endereços localizados em Ipanema, na Zona Sul.

Secretário municipal de Saúde diz que foi pego de surpresa

Os policiais estão investigando endereços em bairros nobres na Barra da Tijuca, São Conrado, Ipanema, Recreio dos Bandeirantes e Lagoa.

Em entrevista, o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, afirmou ter sido pedo de surpresa, mas afirmou que a secretaria está à disposição da Polícia Civil. Para ele, após a criação da nota fiscal digital, a Prefeitura reduziu a zero o número de fraudes deste tipo.

"É importante para nós apoiar ações como essas da Polícia Civil. Eu não sabia que isto havia acontecido, mas vou entrar em contato com a chefia de Polícia Civil, através do doutor Allan (Turnowski) para saber de mais detalehes", afirmou Dohmann.
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