Clarissa Garotinho
Deputada estadual pelo PR
Rio - Qual jovem, quando procura emprego, já não ouviu: “Você tem experiência?”. É um grande dilema. Como tê-la se você está no início da sua vida profissional? E como exigi-la de alguém que está apenas começando? O jovem não tem emprego porque não tem experiência e não tem experiência porque não tem emprego. É injusto cobrar dele aquilo que, pelo curso natural da vida, não tem condições de oferecer.
Os jovens brasileiros estão ingressando cada vez mais cedo no mercado de trabalho. Isso ocorre porque hoje é muito comum estudantes terem que trabalhar para contribuir na renda familiar.
De acordo com dados do IBGE, mais da metade dos jovens brasileiros está desempregada. No País, apenas 36% dos brasileiros entre 15 e 24 anos têm emprego; outros 22% já trabalharam, mas estão desempregados. A taxa de desemprego nessa faixa etária no Brasil é três vezes superior à registrada entre adultos.
O Rio de Janeiro é o estado com o maior índice de jovens sem emprego. E todos nós sabemos que a falta de oportunidade faz com que muitos acabem se tornando presas fáceis para o crime.
O poder público tem um papel fundamental para mudar essa realidade. Como deputada, apresentei aqui na Alerj projeto de lei que defende o Primeiro Emprego da Juventude. Pelo texto, todas as empresas que receberem incentivo ou isenção fiscal do governo do estado vão ter que reservar 10% das vagas para o Primeiro Emprego.
Nada mais justo exigir uma contrapartida das empresas, uma vez que o estado, quando oferece incentivos, deixa de arrecadar receitas que poderiam ser usadas em áreas como educação e saúde.
Acredito que com o projeto colocado em prática, os jovens terão uma nova perspectiva profissional e vamos conseguir mudar as estatísticas de desemprego juvenil no Estado do Rio.
Artigo publicado no Jornal O Dia.
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