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Por crise, Cabo Frio suspende shows para o carnaval

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A crise do petróleo, que “roubou” uma gorda fatia do orçamento de muitas prefeituras, ameaça tirar o brilho da folia no interior do estado, principalmente na Região dos Lagos e no Norte Fluminense.

Cidades como Cabo Frio e Rio das Ostras que, juntas, esperam receber mais de 600 mil pessoas no feriadão, anunciam atrações mais modestas, em clima de ‘folia-família’. Em outras cidades que apertaram os cintos com a redução de repasses federais e estaduais (ICMS, FPM e outros), como Resende, no Sul Fluminense, a folia também encolheu. Já Japeri, na Baixada, decidiu cancelar a festa.

Na Praia do Forte, em Cabo Frio, não haverá grandes shows, nem palcos nas areias. A prefeitura refez as contas e optou por contratar artistas locais para animar a multidão — são esperadas mais de 400 mil pessoas. Até o Rei Momo e a Rainha do Carnaval “entraram na faca”: o concurso foi cancelado e os eleitos em 2014 serão mantidos.

“Todos conhecem meu espírito festivo. Gosto de shows, fogos e muitos eventos na cidade, mas, nos últimos dias, a crise mundial do petróleo derrubou o preço do barril no Brasil, de 117 dólares para menos de 50 dólares. Isso fez acender a luz vermelha para que tomássemos cuidados extremos com o futuro de nossa cidade”, disse o prefeito, ao relembrar o Réveillon 2015, que reuniu, segundo ele, mais de um milhão de pessoas.

A cidade perdeu mais de R$ 24 milhões em royalties e participações especiais no último trimestre. Apesar dos cortes, o prefeito manteve a subvenção das 11 agremiações para o desfile dias 20 e 21, na Passarela do Samba, em comemoração aos 400 anos de Cabo Frio. As escolas do Grupo Especial receberam R$ 70 mil e as do Grupo de Acesso, R$ 40 mil. Cada um dos 52 blocos de arrastão embolsou R$ 7 mil. As agremiações, porém, tiveram que arcar com estrutura de som, luz e apoio operacional nos ensaios. Fogos de artifícios e shows nos desfiles foram suspensos.

Ocupação alta nos hotéis

Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ) aponta que as cidades turísticas no interior já registram 89,95% de ocupação para os dias de folia, mais de 10 pontos percentuais acima do desempenho da capital, que apontou 75,82%.

Na Costa Verde (Paraty, Angra dos Reis e Mangaratiba), as médias já ultrapassam 95%. Região Serrana, Vale do Café e Agulhas Negras registram 90% de ocupação. Na Região dos Lagos, a média é de 85%.

Em Rio das Ostras, a expectativa é receber até 200 mil pessoas e a taxa de ocupação nas pousadas e hotéis já chega a 70%. Em 2014, pesquisa do Rio das Ostras Convention & Visitors Bureau e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que a folia injetou mais de R$ 19 milhões na economia local.

Um dos municípios que mais sofrem com a crise do petróleo, Rio das Ostras terá uma programação voltada para as famílias, com matinês, bailes noturnos e desfiles de blocos. As atrações ficarão concentradas em uma tenda na Beira-Rio, onde acontecerão quatro matinês e bailes noturnos com entrada franca. Os blocos desfilam nas orlas do Centro e Costazul. Bailes noturnos nos distritos foram cancelados.

Com informações Jornal O Dia.
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