Do site Campos24horas
A promotora de Justiça de São João da Barra, Renata Carbonel, admite a possibilidade de uma nova eleição para a prefeitura e alertou à população sanjoanense para que não se deixe influenciar por favores eleitorais, que são práticas ilícitas, numa possível eleição para prefeitura, como ocorreu nas últimas eleições.
A promotora concedeu uma entrevista na manhã desta quarta-feira(30/01) ao repórter diretor da à Rádio Grussaí FM , Luiz Fernando. Ela fala sobre o processo que pede a cassação do prefeito José Amaro Martins de Souza, o Neco (PMDB), e ainda a inelegibilidade e o pagamento de multa por crimes de abuso de poder econômico, político e de autoridade, além de captação ilícita de sufrágio (compra de votos), com base nas provas apresentadas pela Polícia Federal(PF), que instruíram a ação do Ministério Público(MP).
A ação, que já está conclusa, aguarda apenas a sentença da juíza da 37ª Zona Eleitoral (ZE/SJB), Luciana Cesário de Mello Novais. Confira a entrevista.
Luiz Fernando/Rádio: Penalidades que o prefeito Neco pode sofrer ?
Promotora Renata Carbonel – “Caso seja confirmado tudo que foi apurado pela Polícia Federal, que em suma é o que instrui a ação eleitoral, os principais pedidos são a cassação do diploma dos eleitos, posto que, já passamos da fase do registro e já tivemos a diplomação, e ainda a inegibilidade do prefeito por oito anos.
Luiz Fernando/Rádio: Sobre a possibilidade de nova eleição?
Promotora: “É possível que seja realizada uma nova eleição, a fim de que seja respeitada a vontade da população e sejam garantidos o exercício da democracia e da cidadania. Considerando o percentual de votos dos candidatos eleitos, é possível uma nova eleição.
Luiz Fernando/Rádio: Perfil de eleitor que o Minitsério Público espera na eleição?
Promotora- “Depois desse episódio, o Ministério Público espera que as pessoas analisem com muita cautela na hora de darem seus votos. É o destino, o futuro da cidade que está em nossas mãos. O eleitor precisa estar ciente disso e analisar de uma forma bem mais clara, com mais reservas, qualquer tipo de coligação que seja formada, qualquer tipo de favorecimento que venha ser vislumbrado. Oferecer cargos, não é lícito. Oferecer favores, não é lícito. Participação indevida em processos licitatórios também não é lícito. Tudo isso é algo que deve ser rechaçado pela comunidade para que São João da Barra possa crescer e garantir a seus moradores todos os seus direitos”.
Luiz Fernando/ Rádio- E a denuncia sobre número de eleitores que mora em outras cidades e favores prestados a parentes desses eleitores pela Prefeitura. Há possibilidade de um recadastramento eleitoral?
Promotora - É possível que isso seja feito sim. A gente precisa analisar com cautela, porque são questões delicadas, questões políticas. Um recadastramento pode ocorrer num futuro próximo para que a gente possa avaliar essa questão do domicílio eleitoral que acaba sim influenciando no resultado da eleição.
0 comentários:
Postar um comentário