O PR nacional através do seu presidente, senador Alfredo Nascimento já avisou que levará o deputado Sandro Mabel à Comissão de Ética, caso insista em descumprir a decisão da direção partidária de apoiar o deputado Marco Maia para a presidência da Câmara de Deputados. O descumprimento de decisão partidária é considerada falta grave e pelo Estatuto do PR pode levar até à expulsão, e por conta da lei eleitoral, à decorrente perda do mandato.
Aqui no Rio, o partido havia fechado questão em torno do apoio à candidatura do dissidente peemedebista Domingos Brazão. Em torno dele se reuniram deputados de vários partidos, inclusive do próprio PMDB. Mas aos poucos as direções partidárias foram fechando questão à candidatura governista de Paulo Melo. Primeiro foi o PDT, depois o PT, a seguir o PPS, e até mesmo o PMDB, todos acabaram tomando essa decisão. Ou seja, fecharam questão como prevêem a legislação eleitoral e os estatutos partidários.
O PR, maior partido no apoio à candidatura de Brazão, estranhou quando ele anunciou um acordo com o governador Sérgio Cabral para fazer um rodízio de dois anos, entre ele e Paulo Melo, na presidência da ALERJ. Mas aceitou, pois seria um mal menor que aturar esse grupo que comanda a Assembléia Legislativa já há 16 anos.
Por diversas vezes, inclusive no dia de hoje, o deputado Paulo Melo afirma não ter acordo nenhum com Domingos Brazão para revezamento na presidência da Assembléia. Ele, além de candidato do governador Sérgio Cabral, é o líder do seu governo na ALERJ. Estranhamente o governador não desmente as afirmações de Paulo Melo publicadas em todos os jornais do estado.
Diante desses fatos, a Executiva estadual do PR decidiu que seus deputados não devem votar na candidatura de Paulo Melo à presidência da ALERJ, pois ela representa o continuísmo do mesmo grupo que por 16 anos tem impedido o funcionamento pleno e o fortalecimento do poder Legislativo no estado.
Alguns deputados do PR insistem que vão votar em Paulo Melo, contrariando a decisão partidária. Assim como em todos os outros partidos, a Executiva do PR – RJ vai propor à Comissão de Ética, medidas severas contra aqueles que descumprirem a decisão partidária.
Além de não explicar esse apoio inusitado, ao até agora adversário Paulo Melo, alguns deputados estão aceitando posições na Mesa Diretora e em comissões, que não refletem o resultado das urnas, que fez do PR a maior força de oposição ao atual governo do Estado.
Gostaria sinceramente de entender os motivos republicanos que podem levar um deputado a confrontar a sua direção partidária, antes mesmo de ser empossado no cargo. Em retaliação à decisão partidária que decidiu fechar questão contra o voto em Paulo Melo, alguns deputados resolveram apoiar para líder do partido na Assembléia, o deputado Iranildo Campos contra a minha filha Clarissa Garotinho, achando que com isso iriam chantagear a direção do PR – RJ.
A decisão da direção do partido já foi comunicada aos deputados e nada mudará a postura do PR em relação ao desrespeito do deputado Paulo Melo, ao propor posições insignificantes para o partido na ALERJ e se recusar a admitir politicamente a necessidade de democratização do parlamento fluminense.
Quem desrespeitar a orientação partidária será submetido à Comissão de Ética e às sanções previstas no estatuto.
Chantagens na escolha da liderança não intimidarão a orientação da direção do PR no estado.
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