O petista Marco Maia (RS), 45, é o novo presidente da Câmara dos Deputados, cargo que ocupará pelos próximos dois anos. Ele foi eleito nesta terça-feira (01) com 375 votos, contra 106 de Sandro Mabel (PR-GO), 9 de Jair Bolsonaro (PP-RJ) e 16 de Chico Alencar (PSOL-RJ).
Outros 3 deputados votaram em branco.
A eleição de Maia faz parte de um acordo costurado com o PMDB, maior aliado do PT. A proposta é que o líder peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN) assuma o posto no último biênio do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Maia foi escolhido o candidato oficial do Planalto principalmente por causa de insatisfações internas no partido com a distribuição de cargos do segundo escalão e com o "paulistério" --domínio do PT paulista nos cargos de destaque.
Ele conseguiu desbancar o favorito e líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), em eleições internas que aconteceram no ano passado.
O Planalto trabalhou durante todo o tempo para fazer com que Maia fosse candidato único. Minou alguns nomes no caminho, como Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG). Mas não conseguiu impedir Mabel, que pode ser expulso pelo seu próprio partido.
Maia foi eleito contando com o apoio oficial de 21 partidos, dos 22 com representatividade na Câmara, incluindo aí o PR de Mabel.
A eleição do petista significa uma vitória do Planalto. A primeira prova será o salário mínimo, cujo valor será definido em medida provisória a ser aprovada pelo Congresso. O governo quer R$ 545, mas muitos deputados aliados trabalham por, no mínimo, R$ 560.
Ainda hoje, ele dará posse aos novos membros da Mesa. Rose de Freitas (PMDB-ES) é a favorita para ocupar a primeira vice-presidência e Eduardo Gomes (PSDB-TO), a primeira secretaria, nome responsável por comandar as finanças da Casa.
Pela manhã, os 513 deputados e 81 senadores tomaram posse do mandato que exercerão pelos próximos quatro anos. José Sarney (PMDB-AP) já foi eleito como novo presidente do Senado.
Fonte: Folha de SP
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