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Álvaro Lins vai lançar livro sobre os bastidores das operações policiais

Rio - Mais recente ovelha do rebanho da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, o ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins contou nesta quarta-feira que se tornou um religioso no período em que ficou preso em Bangu 8, Complexo de Gericinó. E admitiu que na cadeia encontrou pessoas que ele mandou prender injustamente.

“Fiquei preso com pessoas que não precisavam estar ali. Garotos de 18 anos que mandei prender porque tinham trouxinha de maconha na caixinha de fósforo. Fui injusto e arrogante”, afirmou o ex-deputado estadual, condenado a 28 anos por lavagem de bens, quadrilha armada e corrupção passiva.


No dia 13, Lins esteve em São João de Meriti, na igreja do pastor Marcos Pereira, conhecido por converter traficantes, como convidado da noite de louvor. O encontro com a vida espiritual, segundo o ex-deputado, estará no livro que será lançado este ano. O nome será “280 dias”, referência ao período em que esteve preso.

Ele promete contar bastidores das operações policiais e situações vidas durante seu tempo em Bangu 8, como no dia em que sua mulher foi expulsa do ônibus que levava companheiras de detentos até a portaria da prisão no dia de visita. “Descobriram que ela era mulher de policial e a colocaram para caminhar dois quilômetros com minha filha no colo”, relembrou Lins.

Ex-desafeto, o pastor Marcos, que chegou a ser investigado pela equipe de Álvaro Lins, disse que ele fez até hino para evangelizar. Acusado pelo coordenador executivo do AfroReggae, José Júnior, no jornal Extra, de tramar contra a vida dele e de integrantes do grupo e de envolvimento com traficantes, o pastor Marcos será investigado pela Delegacia de Combate às Drogas (Dcod).

Fonte: O Dia
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