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Jovens acordam à noite para checar mensagens

Estudo americano identifica que vício em celular não cessa nem durante o sono


Rio - O uso excessivo do aparelho celular está se mostrando cada vez mais prejudicial à saúde. Um estudo inédito da Villanova University, nos Estados Unidos, confirmou o perigo ao indicar que jovens criaram o hábito de responder mensagens de texto durante o sono — comportamento que pode causar danos irreversíveis a longo prazo, segundo especialistas. 

Entre 300 estudantes entrevistados pelos pesquisadores, 35% confirmaram a prática pouco ortodoxa, enquanto 50% disseram já ter tido o descanso atrapalhado por ligações. De acordo com a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono, é normal acordarmos nestes casos, uma vez que o cérebro é condicionado a entender o som das notificações como um estímulo de alerta. “Mesmo que decida ignorar o ruído, o sono acaba sendo fragmentado”, explicou.

A universitária Rafaela Araujo, de 21 anos, convive com o apego ao aparelho. Ela admite que responde recados, mas não se mostra preocupada. “Acaba sendo involuntário, acho normal”, contou. Não se lembrar da mensagem após acordar também é recorrente, segundo o estudo. Isto acontece devido ao estágio profundo de repouso, fazendo com que a pessoa não desperte completamente. “Não chega a ser um caso de sonambulismo”, ressalta Dalva.

A neurologista afirma que a prática deve ser evitada com conscientização, mas salienta que existem terapias específicas para indivíduos em situações extremas.

Fadiga e até males cardíacos

Mensagens e ligações durante o período de sono podem causar danos semelhantes aos desenvolvidos em pessoas que não dormem. “É preciso haver um descanso completo para evitar prejuízos ao longo do dia”, afirmou Dalva Poyares. As consequências imediatas são a queda do nível de concentração e o aumento da sensação de fadiga. A longo prazo, indivíduos neste perfil podem apresentar distúrbio alimentar e até problemas cardiovasculares. Por motivos específicos, a luz e alguns tipos de ondas eletromagnéticas emitidas pelos smartphones também são riscos gradativos à saúde. “As pessoas precisam entender que se desconectar é necessário e dormir não é perda de tempo”, alerta a neurologista.

Fonte: Jornal O Dia
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