Pela terceira vez consecutiva, mais uma vez a falta de quórum na Câmara de Vereadores de Campos impediu na sessão de ontem a votação das contas do ex-prefeito Alexandre Mocaiber (PSB) e do vice Roberto Henriques (PR), no exercício de 2008. Se novamente houver número suficiente de vereadores no plenário, o epílogo da novela pode terminar na sessão da próxima terça-feira.
Minutos antes de 17h, havia evidências de que a sessão novamente não seria realizada. O vereador Altamir Bárbara (PSB) apareceu no plenário sem o terno, conversou com alguns frequentadores das galerias e logo seguiu em direção aos gabinetes. A movimentação era quase nenhuma.
Eram quase 17h15, quando o vereador Rogério Matoso (PPS), presidente interino da Casa, pediu a vereadora Odisséia de Carvalho (PT) para fazer a chamada dos vereadores. Havia, além de Matoso e Odisséia, apenas quatro parlamentares no plenário — Vieira Reis (PRB), Gil Viana (PSDC), Albertinho (PP) e Jorge Rangel (PSB). Sem o número mínimo regimental de nove vereadores para começar os trabalhos, o presidente anunciou que a sessão ficara prejudicada.
Na sessão de terça-feira, havia uma tendência clara pela aprovação das contas. Com dez votos da bancada governista e mais dois de uma parte da oposição (2/3 dos vereadores), tanto Mocaiber como Roberto Henriques estariam salvos das penas de inelegibilidade nas próximas eleições.
Entretanto, a sessão teve inicio e após a suspensão dos trabalhos (a pedido de Abdu Neme) para que os vereadores pudessem apreciar melhor o relatório em seus gabinetes, na volta ao plenário os parlamentares deram pela ausência do vereador Kelinho (PR). Imediatamente, outros vereadores da bancada do governo, antevendo que perderiam na votação, se retiraram do plenário, havendo então a falta de quórum para a continuidade da sessão. “Na sessão de terça, o Kelinho estava aqui quando a sessão começou. A partir do momento em que houve a suspensão por cinco minutos e quando retornamos ao plenário, ele já não estava mais. Ficou nas dependências da Câmara, não veio mais ao plenário, não sei qual a razão, até hoje ninguém sabe por que”, disse Vieira Reis. Segundo Reis, até o final da tarde nenhum vereador do seu grupo havia conseguido manter contato com o parlamentar do PR.
Na sessão de ontem, ficou a constatação de que a oposição estava dividida. Odisséia, Marcos Bacellar (PT do B) e Jorginho Pé no Chão (PDT) eram votos contrários a aprovação das contas. O voto de Ilsan Vianna (PDT) estava ainda indefinido, enquanto que Rogério Matoso, Abdu Neme e Dante seriam os votos oposicionistas favoráveis à aprovação.
Fonte:O Diário
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