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Clarissa Garotinho x Roberto Henriques

 

O clima esquentou na Alerj por conta da discussão entre os deputados, Roberto Henriques e Clarissa Garotinho. O deputado acusou a prefeitura de Campos de comprar alguns itens acima do preço de mercado. O deputado Roberto disse: "Produto Impact Nestlé. A Prefeitura de Campos registrou a R$31,00 para uma compra de trinta mil unidades, enquanto no varejo, em pesquisa da Internet, na Nutriservice, encontramos a R$ 22,23. Só nesse item, uma majoração de R$ 263.100,00, 39,45% mais. O leite Van, leite sem lactose, para as crianças de Campos, para comprar cinco mil foi feito o registro a R$ 110,00 a unidade. Também na Nutriservise, pela Internet, o nosso gabinete pesquisou: R$ 46,08. Pasmem, Deputado Presidente, Paulo Ramos, 138,71% é a majoração em cima desse item. O Modulem, IBD Nestlé: para compra de quatro mil unidades, R$ 280,00. Na Farma Delivery, para se comprar apenas uma unidade no varejo, custa R$ 209, 93. Aí, uma majoração de 33,33%. Seguindo: Alergomed, três mil unidades, a R$ 209,00 é o preço do governo da Rosinha Garotinho paga, em Campos dos Goytacazes. Na Nutriservice, para se comprar apenas uma unidade, encontramos pela Internet o preço de R$ 117,61, ou seja, uma majoração de 77,70%". 

Porém ele não esperava por uma reposta de Clarissa com prova documental mostrando que os itens citados não foram comprados. A deputada Clarissa disse: “Realmente a Secretaria de Saúde abriu um sistema de registro de preços para 88 itens. Como é que funciona o sistema de registro de preços? As empresas interessadas em fornecer aqueles itens vão lá e apresentam o seu preço, isto é, quanto essa empresa cobraria, caso fosse a fornecedora do município. E assim os preços foram registrados e o pregão homologado. 

Quando se homologa um pregão, o que isso quer dizer? Diz que o pregão aconteceu e as empresas registraram os seus preços. A partir do momento em que a empresa registra os seus preços, a prefeitura pode ou não adquirir aqueles produtos. Ela não é obrigada a adquiri-los. A Prefeitura de Campos, inclusive, não comprou nenhum dos 88 itens que estavam lá registrados. Então, como é que o Deputado pode dizer que a prefeitura está pagando a mais pelos itens do pregão, se a compra sequer foi feita? Não houve compra. 

Além disso, um dia depois de homologado o pregão, a Secretaria de Saúde encaminhou um ofício – cuja cópia está em minhas mãos – à Comissão Permanente de Licitação: “Solicito o cancelamento dos itens tais, tais, tais, tais, tais, pois a administração não concorda com os preços praticados. Atenciosamente. (a), Paulo Roberto Hirano, Secretário de Saúde”, justamente os itens para os quais as empresas apresentaram valor acima do mercado".

Leia mais sobre o discurso da deputada Clarissa Garotinho (aqui) e o do deputado Roberto Henriques (aqui).
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