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Wladimir Garotinho é entrevistado pelo jornal O Diário


O Diário – Você decidiu mergulhar na política partidária e aceitou a incumbência de dirigir um partido que carecia de estruturação em Campos. Como se sente nessa fase nova e quais as estratégias republicanas montadas para as próximas eleições?
Wladimir – Comecei a atuar efetivamente na política em 2008, ao acompanhar minha mãe na campanha para prefeita. Depois de ver as necessidades de tanta gente, decidi abraçar a política partidária, porque entendi, aprendendo com meus pais, que é o único instrumento capaz de reverter o quadro caótico em que vivem milhares de pessoas na nossa cidade. Recebi o apoio que eu precisava e hoje o partido está bem estruturado e vamos participar do pleito de 2010 com quatro candidaturas, democraticamente definidas. Para deputado estadual Roberto Henriques e Geraldo Pudim. Para federal, temos Paulo Feijó e Anthony Garotinho.
O Diário – E a sua irmã, vereadora na cidade do Rio de Janeiro (Clarissa) que também disputa uma cadeira à Assembléia Legislativa, não conta como candidata por Campos?

Wladimir – A Clarissa foi eleita vereadora no Rio com mais de 40 mil votos. Seu domicílio eleitoral é no município do Rio de Janeiro. Ela vai ser eleita no Rio e, acredito, terá votos espontâneos em Campos e em outras cidades fluminenses, por causa do reconhecimento do eleitorado pelo que fizeram nossos pais, Garotinho e Rosinha, como governadores e como prefeitos campistas.

O Diário – Seu partido tem dado abertura aos jovens, na capital do estado. E em Campos, como está o trabalho da Juventude do PR?

Wladimir – Nós temos essa visão de motivar a juventude. É preciso abrir os olhos dos jovens para a importância da nossa participação na mudança da realidade da sociedade. Obviamente que falo numa mudança para melhor e a política partidária é, sem dúvidas, um caminho fundamental para atuarmos com foco no bem estar do ser humano. Por isso é que tenho orgulho dos meus pais. Sempre admirei o trabalho que eles desenvolvem através da política para o bem estar das pessoas. O presidente da JPR no estado do Rio é o Thiago Ferrugem e, no conjunto, temos avançado bastante na conscientização dos jovens com estratégias definidas pelo partido.

O Diário – Como você avalia do atual quadro político da cidade, considerando-se o afastamento da prefeita Rosinha?

Wladimir – É preocupante a instabilidade provocada na cidade por causa do afastamento da prefeita, num momento que a fase crítica em que o município se encontrava começa a ficar para trás. A situação atual, definida por uma decisão judicial considerada absurda, somente gera prejuízos, e é evidente que não interessa a ninguém que tem amor pela cidade. Tenho conhecimento de que há uma pesquisa indicando que mais de 80% das pessoas pesquisadas não gostaram do afastamento da prefeita. Esse posicionamento é coerente, porque Rosinha Garotinho obteve cerca de 140 mil votos, mais de 50% dos votos válidos. A instabilidade é ruim, porque, além de refletir na população, há investidores e até empresas que executam obras importantes, todas de interesses públicos – como as casas populares, infra-estrutura, que leva saneamento para os bairros – que ficam inseguros quanto à execução de projetos futuros. Embora o prefeito em exercício, Nelson Nahim, esteja procurando dar prosseguimento a todas as ações e projetos definidos por Rosinha.

O Diário – Qual a sua expectativa quanto à definição desta situação, da decisão que o TSE poderá anunciar, no julgamento de agosto, em relação à Rosinha?

Wladimir – Estou particularmente convicto de que vamos conseguir êxito no retorno da prefeita, porque, há quase um consenso no campo jurídico, de que ela não cometeu crime que possa ter-lhe custado inelegibilidade e perda do mandato. Não se tem conhecimento, no Brasil, de alguém da forma que acontece com Rosinha Garotinho, por causa de uma simples entrevista em veículo de comunicação. O que os tribunais aplicam efetivamente são multas, como tem ocorrido com a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e o presidente Lula.

O Diário – Como está a prefeita Rosinha, diante desse quadro, afastada de um cargo para o qual foi eleita soberanamente? Psicologicamente ela está bem?

Wladimir – Rosinha ficou muito triste e abatida, por se sentir injustiçada. Mas teve apoio da família, de muitos amigos, até de alguns adversários políticos e o mais importante; tem a solidariedade da maior parte da população. Ela decidiu ficar um tempo com Garotinho no Rio, onde ele trabalha, e no momento está bem, até pelo fato de ter consciência tranqüila, por não ter cometido nenhum crime. Mas é natural que esteja ansiosa para receber o julgamento do mérito no TSE e poder voltar a governar o município. Enquanto isso, trabalha na apresentação de programa no horário que era ocupado por Garotinho, na Rádio Manchete.

O Diário – Como você analisa estes dias de governo do prefeito Nelson Nahim?

Wladimir – Percebo que o prefeito está desenvolvendo muito bem as ações de governo. As ações não recuaram em nada. Ele tem se esforçado para o governo não perder ritmo nas realizações. Nelson Nahim tem conversado com a prefeita e procurado avançar com todas as ações importantes para a população, que vinham sendo implementadas por Rosinha Garotinho.

O Diário – Apesar de Nahim estar há poucos dias na condição de prefeito, dá para fazer alguma avaliação?

Wladimir - Na área da saúde, por exemplo, ele avança com o programa Emergência em Casa, estendendo aos distritos da região Norte, contemplando Travessão e outras localidades, como queria a Rosinha. Na área de desenvolvimento econômico e social, ele já esteve na Caixa Econômica buscando ampliar as parcerias para dar andamento ao programa Morar Feliz, que tem por objetivo assegurar as 10 mil casas populares. A proposta definida por Rosinha é gerar milhares de empregos e melhorar a qualidade de vida das famílias carentes. Nahim continua, ainda, na implantação das linhas de micro crédito do Fundecam, para dar oportunidades aos pequenos empreendedores, e, também, gerar mais empregos e fortalecer a economia de Campos, com a boa aplicação dos royalties.

O Diário – Há comentários na cidade de que o PR estaria propenso a fechar articulação com ex-prefeito Alexandre Mocaiber. Isso decorre de acordo para coligações? O que há de fato sobre isso? Procede?

Wladimir – Não procede. O que existe de fato é que dois vereadores do partido do ex-prefeito (PSB) – Jorge Rangel e Altamir Bárbara – que acompanham o governo na Câmara, e está com o nosso grupo desde a eleição de 2008. É óbvio que o fato de estarem no partido de Mocaiber e serem da base do governo no Legislativo acaba gerando especulações. Aliás, várias pessoas legadas ao ex-prefeito são simpatizantes de Garotinho e Rosinha. Oficialmente, PR fez entendimentos com o PT do B no estado, em Campos, não. Vamos para a eleição com confiança no nosso grupo político, cada vez mais fortalecidos no trabalho pelas causas populares.

Fonte: O Diario
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