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Dono da UTC é chamado para falar sobre propinas para Pezão e Cabral


BRASÍLIA - Depois que teve o acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, foi chamado para explicar como repassou dinheiro para as campanhas eleitorais de 2010 do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão e do ex-governador Sérgio Cabral, ambos do PMDB. Em um de seus depoimentos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que intermediou o repasse de R$ 30 milhões da UTC, Odebrecht e outras empreiteiras para a campanha de Cabral e Pezão em 2010.

Pelo acordo firmado com o grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República, Pessoa assumiu o compromisso revelar novos detalhes de crimes cometidos contra a Petrobras e ajudar a esclarecer casos que já estão sendo investigados. O acordo foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF. Os supostos repasses de dinheiro de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato para Pezão e Cabral estão sendo investigadas em inquérito aberto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso tem como relator o ministro Luis Felipe Salomão.

Os investigadores querem saber qual o papel de Pezão e Cabral na arrecadação dos recursos e como o dinheiro foi repassado a campanha eleitoral dos dois.

— Agora ele (Ricardo Pessoa) vai falar sobre o caso do Rio de Janeiro. No acordo de delação, se comprometeu a aprofundar as informações sobre todos os casos que estão sendo investigados — disse ao GLOBO uma pessoa ligada ao caso.

Em um dos depoimentos da delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que repassou R$ 30 milhões para o caixa dois da campanha eleitoral de Cabral em 2010. Ex-vice-governador de Cabral, Pezão teria sido um dos beneficiários dos repasses. Segundo o ex-diretor, a campanha de Cabral foi abastecida com recursos de empresas responsáveis pelas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). As empreiteiras UTC, Odebrech e OAS, que formavam o consórcio Compar, teriam repassado à campanha de Cabral R$ 15 milhões.

Ricardo Pessoa deve dar esclarecimentos sobre o caso ao grupo de trabalho da PGR que está à frete das investigações.

O Globo online

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