Pesquisar este blog

Veja casos em que as redes sociais afetaram a carreira de profissionais



Há uma polêmica sobre o caso da segurada que teve o auxílio-doença por depressão suspenso pelo INSS após postar fotos felizes no Facebook. Muitos acreditam que as imagens e legendas alegres não poderiam ter sido usadas como prova contra um diagnóstico psiquiátrico. A mulher, que está com dificuldades de encontrar emprego após a repercussão do caso, não foi a única que teve sua vida profissional afetada por publicações em redes sociais. Assim como em outros países, comentários e fotos consideradas inapropriadas causam, além de uma má impressão para futuros empregadores, processos e demissões por justa causa.

Confira oito casos em que as postagens causaram demissões por justa causa, processos na Justiça e indenizações.

1 - O professor demitido após postagens contra o prefeito

Nem mesmo servidores públicos estão isentos de preocupações sobre os reflexos que podem ter suas postagens nas redes sociais. Em maio, um professor de geografia de uma escola no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, foi demitido por uma série de postagens polêmicas no Facebook. De acordo com o processo administrativo, o docente manteve “condutas reprováveis nas redes sociais, consistentes em dirigir ofensas indignas, palavras de baixo calão, entre outras coisas, ao prefeito da cidade do Rio de Janeiro e à secretária de Educação”

2 - A enfermeira que, apesar de “doente”, participou de uma maratona

Uma funcionária que se ausentou do trabalho e apresentou atestado médico por causa de um suposto problema de saúde foi “entregue” pelos registros no Facebook e demitida por justa causa de um hospital no Rio de Janeiro. As fotos e comentários no comprovaram que, na verdade, ela estava participando da 16ª Maratona do Rio de Janeiro. A 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) confirmou a demissão por justa causa da funcionária.

3 - A enfermeira que postou fotos na UTI e foi demitida por justa causa

Em Pernambuco, uma outra enfermeira foi demitida, também por justa causa, de um hospital depois de publicar, na extinta rede social Orkut, fotos da equipe trabalhando na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A profissional entrou na Justiça para pedir a descaracterização da justa causa e uma indenização por dano moral pelo constrangimento causado com a demissão. Já o hospital argumentou que as imagens foram alvos de comentários de mau gosto na rede social, expondo a intimidade de outros funcionários e de pacientes, sem autorização. Diante disso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmou a demissão por justa causa e negou qualquer indenização para a profissional.

4 - O funcionário de concessionária demitido após curtir um post indevido

Em 2012, um funcionário de uma concessionária de motos em Jundiaí, no interior de São Paulo, foi demitido por justa causa após “curtir” no Facebook comentários feitos por um ex-colega de trabalho que ofendiam a loja e uma sócia da empresa. O rapaz entrou na Justiça, mas o Tribunal Regional Trabalhista (TRT) considerou válida a decisão da empresa.

5 - O vendedor que teria planejado uma greve, pelo Facebook

Um ex-empregado da redes de lojas Renner foi dispensado, acusado de incitar os colegas a fazer greve, em redes sociais como o Facebook. No entanto, a justa causa foi revertida na Justiça do Trabalho, porque o TST concluiu que o comportamento do empregado não causou prejuízo à loja, já que nenhuma greve foi organizada por causa do funcionário.

6 - O empregado que comentou que os “gerentes idiotas só fazem m...”

Profissionais que participam da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) ganham direito a estabilidade no trabalho. Porém, um empregado foi demitido por justa causa após falar mal do chefe no Facebook. A 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul avaliou que a falta grave faz o trabalhador perder a estabilidade. Na rede social, o empregado fez o seguinte comentário “O comentário que ensejou a demissão foi: “Quem é esse cara? Não tem compromisso com a empresa. Se 'tá' falindo é por causa de funcionários que não vestem a camisa da empresa. E não dos dirigentes e gerentes idiotas que só fazem merda”.

7- A funcionária de pet shop que explicou, no Orkut, como maltratava animais

Uma ex-funcionária de um pet shop publicou o seguinte comentário no Orkut sobre o dia a dia na empresa: “Eu faltei muito, sempre com atestado, passei até detergente nos olhos e nada [de ser demitida], não limpava banho e tosa e nem calçada, e ainda bicudava aquelas cadelas malditas, erguia no chute, elas tinham muito medo de mim”. A mensagem chegou ao conhecimentos dos ex-patrões, que a processaram e ganharam uma indenização por danos morais de R$ 4 mil.

8- A empregada que criou uma comunidade em “homenagem” aos ex-patrões

Uma ex-empregada de um restaurante criou uma comunidade, também no Orkut, para ex-funcionários que também tinham sido “escravos” do estabelecimento. Na comunidade, ela ainda chamava atenção para a suposta homossexualidade do filho de um dos sócios do local. A empresa entrou com ação por danos morais, e a trabalhadora foi condenada a pagar indenização de mil reais aos sócios.

Fonte: Jornal Extra
    Blogger Comente
    Facebook Comente

0 comentários: