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CNI/Ibope: 72% são contra a volta da CPMF

A saúde pública vai muito mal no Brasil, mas não se deve criar novos impostos para melhorar esses serviços, porque o governo já dispõe de recursos suficientes. O problema é de gestão.

As afirmações foram colhidas em pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em dezembro e divulgada ontem. Para 81% dos entrevistados pelo Ibope, a baixa qualidade dos serviços de saúde é resultado da má utilização dos recursos públicos. E 72% foram categóricos: são contra a recriação da CPMF.

"A maioria dos brasileiros acredita que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos", diz o estudo sobre a pesquisa "Retratos da sociedade brasileira: qualidade dos serviços públicos e tributação".

No início do governo Dilma Rousseff, voltou a ser alimentada no meio político a ideia de ressuscitar a CPMF. Não como iniciativa do governo, porque a presidente não está disposta a assumir esse desgaste. A proposta seria lançada por governadores aliados.

Alguns, como o de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), defenderam publicamente a volta da CPMF. Mas o debate não prosperou.

Conforme a pesquisa, 82% dos entrevistados consideram que a arrecadação tributária é suficiente para a melhoria dos serviços públicos. E 87% concordam que a carga tributária — atualmente o total de impostos arrecadados corresponde a cerca de 35% do PIB — é alta ou muito alta.

Essa opinião é mais frequente quanto maior o nível de renda familiar do entrevistado.

Ao avaliar a satisfação dos brasileiros com 12 tipos de serviços públicos, a pesquisa conclui que apenas quatro tiveram mais de 50% de aprovação.

O serviço com a pior avaliação foi o de postos de saúde e hospitais, reprovado por 81% dos entrevistados. Em seguida, a segurança pública, que é considerada de baixa ou muito baixa qualidade por 72% da população.

A pesquisa realizada pela CNI em parceria com o Ibope foi feita entre 4 e 7 de dezembro de 2010 com 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o grau de confiança de 95%.

Fonte: O Globo
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