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Datafolha aponta queda de Dilma Rousseff entre eleitores evangélicos

Brasília - Mesmo indicando um quadro de estabilidade nas intenções de voto, a mais recente pesquisa Datafolha da corrida presidencial, encomendada pela Rede Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo", mostra que a candidata Dilma Rousseff (PT) teve queda nas intenções de votos entre os eleitores evangélicos não pentecostais e variação negativa entre os que declaram não ter religião. O debate sobre a legalização do aborto e a união civil de homossexuais dominaram a agenda política.

Dilma caiu de 40% para 36% nas intenções de voto entre os evangélicos não pentecostais, e Serra teve uma variação positiva de 48% para 50%. Na fatia do eleitorado que se declara "sem religião", a petista teve sua maior baixa: foi de 51% para 45%. Seu adversário subiu de 35% para 40%. No restante dos grupos religiosos ocorreram apenas oscilações dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 3.281 pessoas em 202 cidades nos dias 14 e 15 de outubro. O levantamento está registrado no TSE com o número 35746/2010. A última pesquisa foi no dia 8.

No quadro geral, a petista tem 47%, contra 41% do tucano José Serra. O Datafolha também mostra que, entre dilmistas, 92% estão convictos de seu voto. Entre serristas, a taxa é de 89%. De acordo com o diretor do instituto, Mauro Paulino, esse quadro pode mudar de acordo com a evolução da campanha - especialmente com a exploração de temas capazes de levar eleitores a cogitar a mudança de candidato, que é o caso da polêmica religiosa até o momento.

A "cristalização" dos votos é verificada a partir da taxa de rejeição dos dois candidatos - 35% para a petista e 39% para o tucano. A margem de "migração de voto" para Dilma é de 17 pontos percentuais. Para Serra, é de 20 pontos percentuais. E apenas 2% dos eleitores demonstram "maior tendência" a alterar seu voto em favor do presidenciável do PSDB. Os votos nulos e em branco ficaram em 4%. Outros 8% se declararam indecisos.

Em outro recorte, Dilma teve oscilação negativa entre os eleitores com escolaridade fundamental (47% do eleitorado): passou de 54% para 51%.

Porém, Dilma variou para cima entre os mais ricos.

A análise regional mostra que a petista mantém larga vantagem no Nordeste (27% dos eleitores), mas perdeu três pontos na região Sul (15% do eleitorado). No Sudeste (34,4% dos eleitores), Serra se manteve estável em 44% e Dilma variou de 41% para 43%.

O Datafolha também pesquisou a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que bateu um novo recorde: 81%.
Fonte: O Globo

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